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segunda-feira, 20 de abril de 2015

O mau caráter


O sujeito, no acertado evento, conheceu a fulana. O enamoramento, no recíproco encantamento, supriu carências e ternuras. Os insinuados, na constante insistência, acabaram na cedência. O passeio, no incurso do motel, adveio no caminho e inclusão do combinado.
A volúpia, nos impulsos da carne, fluiu na aberta e recíproca afeição. As carências, nas semanadas, incorreram na ausência dos abraços e beijos. As destrezas, no alento da festa, foram cultivadas e melhoradas. A peripécia, no bailado, recebeu os ardores do momento.
A minudência, no posterior, escreveu-se nos comentos e palestras. O sujeito, na perversa expressão, delineou os detalhes do perpassado. Amigos e distintos, no assombro e riso, deleitaram-se nas conferências. A moral, no bom caráter, calhou no parco cálculo.
A senhora moça, na falsidade, assistiu-se denegrida na consideração. Os impróprios, no precoce tempo, achegaram-se aos ouvidos próprios. A exaltação, no alarme de filhos, abrigou-se no ardil. Os compartes, no externado, compuseram chacota e isolamento.
A beltrana almejou “vislumbrar a sombra do capeta, porém jamais o vulto do incorreto”. As mulheradas, no receio de casuais vítimas, instituíram separação. Os autores, no acobertado, semelhavam exiliados no ambiente. As intimidades advêm no peculiar dos casais.
O desgaste, nas plagas de origem, juramenta buscar novos ares. A discrição e privação, nas viciadas atmosferas, sobrevêm na melhor manha.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.archiexpo.es/