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terça-feira, 13 de outubro de 2015

A singular petição


As pessoas, na sociedade de consumo, externam habituais pedidos e sonhos. As rezas, na paz dos ambientes, calham no adereço do Todo Poderoso. O Criador, nos modelos usuais, deveria assessorar na aquisição do carro, edificação da casa, junção da riqueza... O beltrano, na fortuna de nascença, caiu na benzida existência. Os ancestrais, no acúmulo e labuta, tinham legado fazendas e negócios. A casa, dinheiro e imóveis, em frutos, foram avolumados e herdados. A sociedade, na esposa, adveio na analogia e sorte. Os filhos, na perfeição, achegaram no amor e número. A grana fluía na facilidade e fartura... O sujeito, na escassa ressalva, ocorria no singular petição. O Supremo, na rogação, deveria manter angariado e usufruído. A energia mental, na homília, incorria na ciência e prudência. Os fervorosos, na primazia, recorrem aos exigidos e negócios. O coeso, nas muitas bênçãos, incide em absorver-se nos agradecimentos. A vida, na acaso da seleção, assume maior brinde e doação.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://radioboanova.com.br/