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sábado, 26 de dezembro de 2015

Os enxeridos círculos


As intempéries, no chuvoso inverno, instituíram os estragos. As avenidas e ruas, no contíguo da cidade, encontravam-se afundadas e alastradas. Os buracos, na alegria e lucro (entre borracheiros e mecânicos), caíam nos afazeres e ganhos. As crateras, em “reais gamelas”, acorriam na inércia do domínio municipal. Os clamores e xingações, na denúncia e mídia, fizeram parco eco. As desculpas, em divisas, licitações e terceirizações, advinham dos dirigentes. Uma módica equipe, na imputação específica, sucederia no abrando e paliativo. Os opositores, no arrojo e desagrado, compuseram artifício. As fendas, na tinta branca, acabaram circuladas e salientadas. O contraste, entre asfalto e pintura, salientou tamanho dos orifícios. A avacalhação, no contíguo, instituiu medidas e remendos. Os rurais, em estradas de chão, inventaram no plantio de bananeiras. A imagem, nas vias, espelha amostra da atuação das chefias e gestões. A população, no acobertado, externa desarmonias e protestos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com/