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terça-feira, 7 de abril de 2015

O valor da confiança


O modesto assalariado, na demanda finanças, administra na má gerência. O salário, no genérico, achega ao desenlace da terceira semana. A quarta, na “doença do bolso”, incide nas cessões dos amigos e companheiros. A cedência, no contínuo, sucede na amolação.
O sujeito, no dia do salário, assegura e ajusta débitos. A palavra, no último dia útil (do atinente mês), advém no atributo de promissória. O inicial artifício, no dinheiro vivo, advém na cobertura dos créditos. O prometido, no ressarcimento, ocorre à risca no inicial instante.
O renome, entre dignos, corre nas afinidades. O dito cujo solicita no mês. O acerto, sem pedido, incide no tratado. A passagem, no porvir, visa manter-se aberto as cedências. Os “quebra galhos” tornaram-se enfadonha mania. A fama, no falido, emana nos bate-papos.
Acurados camaradas, na clássica prática, caiem na contínua petição. A piedade leva ao favor. O dependente, na condição de residente de vila, sabe da ofuscada lei. Quem assegura e descumpre sobrevém no acerto de contas. A eliminação, no puro e simples, cai na efetivação.
O pessoal, no ambiente urbano, obriga-se a “extrair água de pedra”. O dinheiro, dum ou doutro jeito, necessita fluir na subsistência. A solidariedade, no meio dos excluídos, incorre na dimensão da confiança. Os carentes, na arruaça e boato, habituem-se em serem solitários.
Crédito, na alheia carteira, verifica-se sinônimo de salvação e suprimento. Dinheiro, na má gerência, verifica-se um interminável deus-nos-acuda.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.blogdogusmao.com.br/