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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A materna intuição


O corte de árvores, como bico, via-se noutra tarefa. As plantas, as centenas nas cidades e interiores, viram-se ceifadas e podadas. O desbaste incluía arriscadas subidas!
O pinheiro, gigante entre prédios e quadras, exigiu reparo. O trabalho, dentro das normas de segurança, fora As mães, no geral, possuem acentuado e desenvolvido sexto sentido. O tempo, no transcorrer, confirma o anunciado e vislumbrado como profecia!
Uma genitora, desde tenra idade, acompanhava a singela mania do filho. Este, no primeiro descuido e todo instante, via-se pendurado nas alturas!
A recomendação, como prenúncio, via-se efetuada: “- Filho! Desce dali! Algum dia vais cair e espatifar!”  O aconselhamento, na teimosia juvenil, fora simplesmente ignorado e inútil!
A matriarca, na avançada idade, partiu ao descanso. O camarada, em meio à coragem e habilidade das alturas, enveredou na construção civil. Obras e trabalhos somaram-se!
empregado na tarefa. Este ousou no desafio!
A fatalidade, numa exclusiva escorregada, foi o suficiente. O trabalhador, das alturas a base, quebrou-se no chão. O temido prenúncio, depois de cinco décadas, confirmou-se!
A profecia cumpriu-se ao pé da letra. As mães possuem acentuada sensibilidade. Estas, dos frutos do ventre, conhecem virtudes e vicissitudes. Ouvir revela-se nobre sabedoria!
Os abusos e exageros embutem os germes da morte. Um modesto e único cochilo, em momentos e situações, revela-se o exclusivo e último!
                                                                                      
                                                                   Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.umacoisaeoutra.com.br

A educação financeira


O fulano, diante do beltrano, queixou-se dos constantes empréstimos. O sicrano, sob mil desculpas e gastos imprudentes, “vive liso”. A carência apresenta-se eterna sina!
O sicrano, diante do endividamento, solicita socorro a cada santo mês! As finanças, em frangalhos, carecem da racional organização. A alheia carteira vê-se em frequente conta!
O camarada, no desconhecimento da instrução financeira, sobrevive nos débitos. As cedências, no meio da exorbitância dos juros, sucedem-se para “tapar novos e velhos furos”!
O colega, a título de implicância, inova na afronta e mico. Este, ao amigo, comenta da abonada e forrada carteira do credor. O sicrano, na intencional escuta, ouve a explanação!
O comentário externa: “- Admirei-me, nessa altura do mês, do fulano! As notas de cem pareciam cair da carteira!” A prática, pelo autocomentário, consistia na carência!
A conversação, na real, carregava o teor da implicância. O sicrano, numa apressada corrida, renova o pedido de novo socorro. O fulano mostra-se furioso no pedido!
Sobre os negócios, aos estranhos ouvidos, não é prudente externar comentários. As pessoas procuram tirar proveito das informações! O dinheiro coordena e determina as ações humanas!       
As implicâncias, como brincadeiras, revelam-se rotina entre achegados e amigos! A instrução financeira, no mundo dominado pelo dinheiro, deveria ser a essência do aprimoramento e conhecimento!

                                                                                               Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://redeglobo.globo.com