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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Se nada der certo


Se nada der certo,minha esperança se renova no amanhã!
            Se alguma coisa deu errado, experimente fazer diferente da maioria das pessoas:
Comemore!
Se algo não dá certo, as pessoas se desesperam, entram em conflito interior, perdem o humor e ficam estressadas.
Não percebem que as experiências ruins forjam a sabedoria e nos dão o necessário conhecimento para crescermos na vida.
São como vacinas que vão imunizando o nosso espírito e a nossa mente, tornando-os resistentes a males semelhantes no futuro.
Quando nada acontece diante das nossas ações, só o futuro pode precisar se tomamos a decisão certa; mas, quando as coisas não dão certo, temos a vantagem de descobri-las no exato momento em que estão acontecendo.
Isso nos dá um grande trunfo e nos permite fazer opções.
Mudar o caminho, pensar em soluções, refazer os planos ou simplesmente saber que não deu certo.
Nesse caso, temos o conforto de saber que novas oportunidades vão surgir todos os dias em nossas vidas e é preciso estar atento para poder enxergá-las.
Com a esperança renovada por novos valores em substituição às perdas ocorridas, estaremos melhor preparados a cada revés e a cada frustração e saberemos , enfim, qual caminho evitar e qual caminho tomar para chegarmos aonde está o nosso coração.

Legrand (dados biográficos desconhecidos)

Crédito da imagem: http://odeincompletaepoetica.blogspot.com.br

A pilhagem alheia

Moedas de Ouro Wallpaper

         As agruras e carestias exigem precaução caso contrário a fome e o frio ceifam a vida. Inúmeras espécies, como ensinamento e sabedoria, seguem a sina de acumular. As abelhas ostentam-se um belo exemplo do estoque de reservas ao infortúnio. Os indivíduos, da astúcia dos insetos, podem extrair excepcionais lições de vida.
Uma comunidade de abelhas, no interior da colmeia, seguiu sua rotineira sina. Ela, na primavera-verão,  começou a precaver-se das dificuldades do inverno. A espécie, pelos milhões de anos de existência no planeta Terra, sabe da tradicional achegada, na época própria, da chuva e do frio. Os imprudentes, como comunidades singelas, perecem diante da falta de reservas alimentares. A inexistência de flores e descuidos de apicultores levam a tragédia de inúmeras comunidades.
Cada inverno, apesar do conhecimento generalizado sobre a situação do porvir, leva muitos ao perecimento. Uns sempre pensam: “- Isto não vai acontecer comigo e somente com os outros”. Estes, na proporção da achegada das desgraças, cedo recorrem a mendicância e a pobreza.
As colmeias, conhecedores da realidade própria do habitat, antecipam-se a desgraça. As comunidades, nas estações quentes, começam a avolumar mel. Um trabalho incessante, de vôos e sobrevoos de milhares de membros, dedicados a explorar as variadas florações. As caixas e sobrecaixas, em poucas semanas, precisam mostrar-se abarrotados de favos e mel. Um aroma ímpar, com o calor de verão, passam a exalar nas redondezas das instalações de comunidades carregadas. Inúmeras ostentavam-se serenas e tranquilas com a tarefa precocemente concluída do acúmulo das reservas.
Os perigos dos muitos aventureiros, com o aroma,  rondeavam os patrimônios apícolas. As abelhas, em meio as desconfianças dos inimigos, ostentavam-se deveras agressivas e precavidas. Um conjunto de oportunistas, em função do doce, ameaça as comunidades com a história do mel. O fatídico aconteceu com os esfomeados apicultores. Estes sentem os cheiros das reservas. Eles, na primeira oportunidade, avançam sobre os favos.
A agressividade e ferroadas, em meio a indumentária dos profissionais, surtem escassos efeitos. As pilhagens costumam atingir as sobrecaixas. As abelhas, para safar-se do infortúnio dos dias impróprios do inverno,  obrigam-se a retomar a onerosa labuta. O ódio e a raiva certamente não faltam por ter colocado a sobrevivência das muitas comunidade em perigo.
Inúmeras famílias, ao longo da existência, seguem uma assemelhada sina. Elas, com extremo espírito econômico e trabalho, acumularam reservas (durante décadas e gerações). O temor da miséria mostrara-se contínuo nos dias do vigor da vida. Poupanças, prédios e terras viram-se adquiridas e acumuladas para  gerar dividendos. Estas divisas, com os investimentos, multiplicaram-se na proporção da achegada da velhice. As ideias e os olhos alheios, na tradicional cobiça e inveja humana, cresceram com a existência dos patrimônios familiares.
Os anos transcorreram rápidos. Os filhos casaram e forasteiros aconchegaram-se nos seios familiares. Estes, como aventureiros/oportunistas de prontidão, cedo vislumbraram as possibilidades de ganhos fáceis. As   preocupações dos intrusos, com o perecimento de algum ancião, relacionara-se aos inventários. As perguntas básicas foram: Como serão divididos os espólios? Quais os direitos dos herdeiros? As  brigas e desavenças tomaram vulto entre os irmãos (“cada qual querendo puxar o assado para o seu lado”).
As heranças familiares, como os favos de mel, acabam esfacelados e nas mãos daqueles que menos labutaram. A pilhagem, infelizmente, toma sentido e o “cheiro da fartura incentiva a usufruir, como boas vidas, daquilo pelo qual não batalharam e trabalharam para angariar”. Conflitos homéricos esfaleceram antigas clãs e a desconfiança instalou-se pela vida afora entre manos.
Conflitos familiares, na hora das divisões dos espólios, tornaram-se uma sina comum na maioria das clãs. Certos indivíduos sentem-se grandes e poderosos com o suor alheio (o próprio, em geral, ostenta-se uma caricatura). As pessoas preocupam-se deveras com o ter em vez do ser. O dinheiro, no contexto da convivência, deixou de ser fator de facilidades de  troca e sim causa de acirradas disputas.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano da Vida”

Crédito da imagem: http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/moedas-de-ouro-18768.htm