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sábado, 29 de dezembro de 2012

Provérbios Franceses

  1. Um nome bom é melhor do que riquezas.
  2. O cuidado é a mãe da segurança.
  3. Prometer é uma coisa, cumprir é bem outra.
  4. É melhor apelar a Deus do que aos santos.
  5. Uma pedra rolando não junta musgo.
  6. Coma para viver, não viva para comer.
  7. Quem rouba um ovo roubará um boi.
  8. Afortunado nas cartas, azarado no amor.
  9. Grandes tagarelas são péssimos realizadores.
  10. O dono não pode ter o bacon e o porco.
  11. Não há nenhuma fumaça sem fogo.
  12. Os vizinhos bons dão dias bons.
  13. A fome é o melhor tempero.
  14. Sê você quiser algo bem feito, faça-o mesmo.
  15. O lixo de um homem é o tesouro de outrem.
  16. Uma falha confessada é metade reparada.
  17. É de gota em gota que o vaso transborda.
  18. Quem se desculpa, acusa-se.
  19. A felicidade vale mais a pena do que riquezas.
  20. A gentileza realiza mais do que a violência.
  21. É vergonhoso voltar a tropeçar na mesma pedra.
  22. Um pai é um banqueiro concedido pela natureza.
  23. Os problemas de um fazem a alegria do outro.
  24. Não se deve discutir sobre gosto ou sobre cor.
  25. Faça seu dever, aconteça o que acontecer.
  26. Pouco a pouco o pássaro constrói seu ninho.
  27. Não dá para fazer omelete sem quebrar os ovos.
  28. Os amigos de nossos amigos são nossos amigos.
  29. O excesso em qualquer coisa é uma falha.
  30. As palavras boas não quebram nenhum osso.
  31. Um coração com saudade é um que não tem o desejo.
  32. Deitar-se e alevantar-se cedo faz o homem saudável, rico e sábio.
  33. Um pouco em nossa casa é melhor que muito na casa dos outros.
  34. Criança é um anjo cujas asas diminuem a medida que crescem as pernas.
  35. Pouca ingratidão encontramos quando estamos em condições de conceder favores. 
Reunidos, por Guido Lang, a partir de fontes diversas.

Crédito da imagem: http://www.betcheslovethis.com/files/uploads/images/paris1.jpg



Os poceiros

         
       Umas “pérolas ambulantes”, escassas entre os colonos e pouco requisitadas (com a implantação das redes comunitárias de água), relaciona-se aos poceiros. Aqueles com o dom, a partir duma forquilha de pessegueiro, em achar os veios d’água. Possuem, por alguma razão divina/natural, este sublime dom.
       Os poceiros esporadicamente vêem-se chamados para localizar filões (no interior do solo/terra). Algum morador, por carência de líquido, precisa de maiores volumes. Decide furar algum poço (artesiano), porém desconhece o lugar próprio. Poderia dispender enormes somas e nada de maiores líquidos. A prática, antes de iniciar as perfurações, consiste em requerer os préstimos. Requerer os serviços desses vocacionados “achadores de fontes!” Eles, com as escassas perfurações (nas colônias), mantém–se esquecidos ou ignorados na sua vocação. Os fazedores de poços, nos locais de ausência das redes comunitárias, vêem-se ainda esporadicamente requisitados.  
      Os profissionais, uma vez tratados (pedidos pelo serviço), procuram dar andamento a obra. Localizam, no interior de algum pomar, uma sólida forquilha de pessegueiro. Esta, no ato da procura, precisa ser cortada (com razão de ostentar líquido no seu interior). O poceiro, com a peça em punho, segura as hastes nas mãos e parte maior/única alevantada/na direção do céu. Ele, no espaço determinado à instalação, percorre o ambiente/terreno. Este caminha prá cá e prá lá! Orienta-se pela peça.
     A forquilha, numa altura, começa a mexer-se e remexer-se. Ele, com toda sua força (braçal), tenta mantê-la na posição original. O artefato, na presença exata do filão, não deixa segurar-se. A peça chega a estralar na sua casca. A parte alevantada  direciona-se/movimenta-se na direção do jazida. O poceiro, para assegurar-se, pode refazer o processo numa segunda prática. A dose costuma repetir-se. O profissional costuma apontar: “- Podem furar aqui! Uns metros de fundura xis tem água. Um manancial com aproximados tantos litros por hora”.
      O lugar costuma ser sinalizado com alguma estaca/pedra. Os trabalhos de perfuração cedo iniciam-se. Uma impossibilidade consiste em errar o alvo. A vara de pessegueiro, em função da acidez, mostra-se difícil de equivocar-se. A habilidade do poceiro, por alguma brincadeira ou bobice, descobriu esse seu dom. A gurizada, a título de  passatempo, andava e imitava sua função. Inúmeros, desta forma, descobriam sua própria vocação de localizar mananciais (para testar o real funcionamento do processo da localização d’água com forquilha de pessegueiro).
      A natureza com suas infinidades e milenares segredos! Os achadores de poços com seus ímpares dons! Certas realidades, pelos conhecimentos empíricos, carecem de maiores explicações. O indivíduo, com a idade, pensa saber a maioria das realidades. Este, volta e meia, surpreende-se com alguma descoberta excepcional.

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem:http://fimdosdiasnaterra.blogspot.com.br/2009_05_01_archive.html