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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A particular norma


O morador, criado no campo, mantém particular norma! O clarear do dia, com extremas exceções, “significa pular da cama”. “Quem cedo madruga, Deus abençoa e ajuda!”
Os eventos, como bailes, cadeados, casamentos e confirmações, podem significar noites de escasso sono. Alguma bebedeira e comilança, além da conta, soma-se nos lazeres!
O horário mostra-se necessidade e obrigação. Os compromissos, a risca, precisam ser atendidos e cumpridos. A realidade colonial, por gerações, tem sido a velha sina!
O esticar do sono, ao criador, revela-se uma inviabilidade. Os animais, no nascer do dia, primam pelo atendimento e trato. Estes, nem por instante, deixam qualquer sossego!
As mútuas agressões e gritarias estendem-se entre semelhantes. Os fortes e grandes abusam dos fracos e menores. A fome acirra agressividade e incomoda organismos!
A liberdade, como aves, tencionam à necessidade. Os cuidados e reparos verificam-se como alma do negócio. Criações e plantações requerem a presença do patrão!
Os cansaços, no costume colonial, costuma ser complementados numa “agradável,  boa e sagrada sesta”. Esta, pós almoço, rejuvenesce a alma e revigora o corpo!
O descaso, nos compridos dias, significa um bálsamo! A ideia subsiste: “Pessoa aliviada e renovada do cansaço produz e trabalha melhor”. A repetição cria hábitos!
O trabalho rural subsiste como atividade dos fortes e persistentes. As alegrias e satisfações de uns consistem em serem senhores do tempo e viverem livres!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://br.freepik.com

O tradicional feijão


O colonial, seguindo o princípio e raciocínio dos antigos, procurou colher o especial e tradicional feijão. A feijoada, na esfomeada barriga, vê-se apetitosa e básico prato!
O preparo do solo, após adequada adubação, exigiu o plantio do cereal. O crescimento, em semanas, obrigou a sequência da capina, colheita e secagem das plantas!
A conversa, no meio rural, reside no principal das dificuldades: debulhar as ressequidas palhas! Uma prática maçante, no sabor do calor, necessária para extrair os grãos!
A forma rudimental, de separar as unidades, havia em estender algum pano, bater as palhas no mangual. O momento, comum nas colônias, consistia no estralar das vargens!
A modernidade, na revolução agrícola, achegou-se aos detalhes. O produtor, no domínio da tecnologia, abriu pano, cobriu de ressequidos vegetais e circulou de trator!
Algumas idas e vindas, de frente e ré, separam grãos e palhas. O desfecho, como ventania, foi empregar a natural brisa. Outros a máquina para separar grãos e impurezas!
O saboroso prato, feijão novo, dá “água na boca”. O aipim solto, assado de porco e ovo frito permitem especial ceia. A reunião familiar, na apreciação, ajunta e une membros!
A autoextração alimentar agrega sabor e valor ao paladar! O plantador, do próprio alimento, sabe a qualidade e teor dos produtos. Alguma produção faz diferença no orçamento!
O vocacionado profissional domina os detalhes das atividades e tarefas. A diversidade lê-se como sinônimo de abundância e criatividade!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://catracalivre.com.br/