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domingo, 7 de setembro de 2014

A sabedoria do inhambu


O inhambu-relógio (Crypturellus strigulosus), conhecido como “nambu”, mostra-se belo exemplar da fauna. O procedimento, no arisco e bizarro, institui particularidade no conjunto das aves. Toda espécie nutre dificuldade e habilidade na existência!
A minúcia, no atributo, sucede-se na ausência de rabo. A qualidade, no aprisionamento, dificulta aniquilamento e cativeiro. Os predadores, por instinto, adoram valer-se da saliência das penas. A virtude, em situações, confere problema!
O sujeito, no local dos afazeres, necessita cuidar do cumprimento dos papéis. As entradas e largadas precisam advir no rigor. As tarefas, no determinado e inclinado, provir no aferro e fabricação. O laborioso constitui-se na diferença!
O juízo incide na carência em “permitir rabos”. As intrigas e “zunzuns”, na desavença e impreciso, surgem na exigência. Amigos e companheiros, nas burrices e fraquezas, valem-se no apontamento e proveito. A opinião vigente insiste em um superar o outro!
As falhas, na semelhança da fraqueza dos bípedes, surgem nas lembranças e repreensões. A cautela, na manha do inhambu, versa em “não criar e deixar rabos”. Os serviços incorrem na afeição e efetivação. A produtividade excede os encargos!
Os concursos, no ganho e promoção, valem-se das negligências e receios. Os domínios, nas falas, disseminam documentos e eventos. Os afazeres, na discrição, costumam ser lavrados campos. A sã consciência entende-se sinônimo de bênção!
O exato e imparcial precisa nortear os caminhos do alinhado e ajuizado profissional. Afortunado aquele, nas condutas e expressões, sabe adequar-se nos ambientes e momentos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://neotropical.birds.cornell.edu/portal/species/overview?p_p_spp=58676