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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O esmero comunitário


   O aviso, no estrago da rede comunitária de água, achegou ao meio dia de domingo. Um morador, no domínio, constatou o vazamento. Os locais, no conjunto dos domicílios, incorrerem no problema de abastecimento. O calor, na evaporação, aguçou faltas e receios.
   As criações, nos frangos, gados e suínos, poderiam incorrer na sede. Os reservatórios, no imprescindível fluido, careceriam de dar conta. O dano monetário, no negócio rural, avultaria milionária soma. As consequências, no acidente, ocorreriam na catástrofe.
   Os incumbidos, no reparo da canalização, foram mobilizados na correria. A eleição, no concurso, angariou “ossos do ofício”. A lide comunitária, na cota da ajuda das estirpes, incide na dimensão da força. A história, na água comunitária, caía nos casos e novela.
   O trio, no sabor do domingo (à tarde), colocou mãos ao conserto. O calor e folga foram insuficientes para postergar necessidades e obrigações. O remendo, no cavoucar (um metro de fundura), permitiu estancar vazamento. Os litros, aos milhares, sobrevieram na poupança.
   A passagem, outrora comum, retrata face do espírito comunitário. O empenho, nos encargos, sobrepõe-se a afazeres e prazeres. O comprometimento, na dificuldade de tempo, determina arregaçar mangas. O comunitário, no fraquejo do privado, vê-se prioritário.
   A livre iniciativa, no anseio e sabor do lucro, dá de goleada no esmero público. As odisseias, na judiaria das tarefas, escreve-se na produção e relatos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.wakeseed.org/