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domingo, 18 de outubro de 2015

A insensata afronta


O caboclo, no anexo do ambiente rural, idealizou artifício e tocaia. O cachorro, no famélico ser, invadia abrigos e domínios. A besta, na deglutição dos ovos (em ninhos das galinhas), ocorria na elementar distração. O vizinho, na laia de desleixado patrão, fraquejava no cuidado e trato. O cão, no interno do cubículo do galpão, acabou enfurnado e prendido. A surpresa, no medido em tempos, incidiu na aplicação e serventia. A lição, no amontoado de panos, foi atada no rabo. O fogo, no ensopado em inflamável, viu-se acendido. O bicho, na corrida e espanto (soltura), cortou pátio e potreiro. O asilo, na autoproteção, calhou no interior do taquaral. O quebra-vento, na adjacência dos abrigos, acabou ardido. A chama, no baque, alastrou-se no sítio. A correria, na peleja, tomou conta no azarão. A tarefa, no sufoco da tragédia, foi combater calamidade. A solução, no leva água, sucedeu no cansaço e correria. As indevidas brincadeiras, na afronta, caem nos azados achaques e contratempos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/