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sábado, 15 de novembro de 2014

O indiscreto negócio


Os trapaceiros, na ideia da esperteza e fácil existência, ficam na ligeireza e tocaia. A ocasião, no espaço da cidade grande, ocorre na saída. A retirada, no banco, sucede no fato. A atenção, no contíguo das aglomerações (clientes e pedestres), revela-se o discreto negócio.
A preocupação, na essência, liga-se na observância das “saidinhas”. Alguma retirada excepcional, na advertência de terceiro, cai no mérito. O pessoal, no trio ou quarteto, anda na extrema ousadia. O distraído, no acentuado valor (saque), pode incorrer na pilhagem.
Outra manha, na alegação da necessidade, consiste em pedir. Algum real, na solicitação, recai aos condutores. Numerosos, no anseio de evitar aborrecimentos e danos, cedem a petição. O indeferimento incorre na efetuação de estragos (na lataria do veículo).
Os motoristas, na área central, vêem-se chantageados. O estacionamento público, na ausência da garantia, incorre no pagamento. Uns, na estreiteza, apelam ao chamado da brigada ou guarda pública. O convívio, nas concorrências, anda abstruso e complicado troço.
O dinheiro, nas relações sociais, tornou-se sinônimo de conflitos e mazelas. Os modestos delitos, no desgoverno da segurança e genérica impunidade, sobrevêm aos amontoados e arriscados casos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.criciuma.sc.gov.br/