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sábado, 19 de julho de 2014

A curiosa choradeira


O empregador, ao aprendiz, determinou nova ocupação. O auxiliar, cansado e enjoado nos afazeres do dia, recebeu a deliberação. O papel incidia em carregar a caixa no segundo pavimento!
O peso, no pegado, tornou-se dificuldade e preocupação. A choradeira jazia na aberração do carregamento. A cebola, no interior, propunha o “transporte de chumbo”!
A solicitação, na precipitação, incidiu no auxílio casual do dirigente. O patrão, atarefado no atendimento ao público, desvencilhou-se da ajuda na fruteira!
O recurso, na sugestão, versou em fazer várias corridas. O serviçal, no desapego a ocupação, realizou a improvisada forma. A tardança propunha uma eternidade!
O espreguiçado sobrecarrega-se nos pesos. O trabalhador cansa-se nos excessos de marchas. O braçal afazer, na era da robotização, anda na baixa estima!
As empreitadas, na malvada pretensão, transcrevem a ideia da indolência. O dinheiro, na efetiva produção das riquezas, transcreve-se na difícil conta do trabalho!


Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.fernandesimoveisrs.com.br/produtos/0,28514_casa-top-2-pisos-3-dorm

A áurea do calçado


A manufatura coureiro-calçadista, de 1930 a 1990, conheceu a glória nos vales dos rios (Sinos, Paranhama, Caí e Taquari, no Estado do Rio Grande do Sul). Filhos das colônias tomaram a essência da fabricação!
A indústria artesanal, em fundos de quintais, pipocou as centenas. As modestas iniciativas, em décadas, tornaram-se progressivamente extraordinários empreendimentos!
Consistentes empresas transformaram-se em referência em cidades e linhas. As vendas, nos variados mercados (internos e externos), geraram farturas e fortunas!
As edificações, em moradas e residências, abundaram nos cantos e retiros. A migração, na necessidade de mão de obra, invadiu as outrora “atmosferas coloniais”!
As fortunas aludiam transcorrer estirpes e gerações. O declínio, no contíguo dos lucros, propunha-se insonhável. A diversificação industrial sucedia na baixa contagem!
A concorrência asiática, na contratação dos especialistas locais, conduziu na fulminante transferência do ciclo do calçado. O tesouro, na especialização, mudou de nação!
As propostas, na necessidade de altos ordenados, venderam a ciência da industrialização e produção. Incentivos, da noite ao dia, transferiram firmas ao nordeste brasileiro!
Os profissionais, nos milionários salários, leiloaram o conhecimento e habilidade. O fantasma, dos abandonados prédios, transcreveu-se nos antigamente floridos vales!
A carência, na pesquisa e planejamento, implantou falências. A sobrevivência, no mercado interno e nos serviços liberais, subsistiu nas outroras cidades do calçado!
O prestígio, na faina dos ancestrais, ficou nas lembranças. O couro e o calçado mostram-se a glória de determinada época e gerações. A reformulação assistiu-se inadiável!
A História, na essência, descreve analogias. As riquezas, no genérico, circulam por meio dos ciclos econômicos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-574722813-sandalia-de-saltos-alto-beleza-pura-em-3-cores-_JM#redirectedFromParent