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segunda-feira, 13 de julho de 2015

A manha dos dedos


O galanteador, no exercício da força dos dedos, externa afeto e vontade. A encenação, nas segundas pretensões, acontece no bucólico e imaculado abraço e saudação. A agilidade, no toque das partes ardilosas e sensíveis, advém na chance e ocasião. A massagem, na carência afetiva, admite jeitão de canção e sugestão. A moça, na notícia das pessoais, “circula livre e solta nos climas propícios”. A energia, no carnal toque dos artifícios, anseia atiçar “ponto e pretensão”. A ofuscada toada, na prática usual, induz a “prestação de serviço”. O negócio, no mútuo interesse, sucede na dimensão das condições e estações. As ingênuas ações, na casta de exímios, acirram e escondem astúcias e interesses. Os amantes, no “anseio e idolatria da fruta”, compreendem “meios jeitos e intentos”. As conveniências, no momento e tempo, favorecem e incitam ações e exercícios. As pessoas, no sensual, separam no momento o essencial do inerte.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://assimeugosto.com/