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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O indevido uso


Os olhos d’água, nas encostas (morros testemunhos), assumiam despejo de filetes. As módicas cacimbas, na proporção da junção, tomavam o caminho da adesão. Os múltiplos córregos, na vazante, criaram o caminho principal. O regato, no ambiente, via-se sublime dom.
O fluxo, na atmosfera da paragem, assumia vital importância. A utilidade existia no bebedouro natural. A fauna e flora sobrevinham na umidade. As propriedades, na precisão de fluido, instalavam-se a uma certa distância de metros do curso. A morada advinha na soberba.
As medições dos lotes, na montagem colonial, satisfaziam a direção da ribeira. O prático, no maior número de ranchos, existia no banhar das águas. Os potreiros, no decurso e margens, acabaram instituídos. O objeto água, nos engenhos, caía na despreocupação e esquecimento.
O pormenor, no indigesto hábito, existia na atitude indevida. Uns residentes, na ideia de atilados e sujos, usavam as cheias. Os rejeites caíam na facilidade. As imundícies, em animais (decomposição), estercos, madeiras, acabavam evacuadas. A lixeira acabou formada.
O somatório, em folhas, galhos e putrefações, acentuava os estranhos cheiros. A alcunha, no arroio fétido, fluiu nas conversas comunitárias. O uso, na casta de balneários, entrou no rejeite. Animais, em épocas, ficam na recusa do fluido. Água incide na dádiva e vida.
Os humanos, em situações, instalam as imundícies na convivência do quintal. Os arroios, na utilidade, verificam-se patrimônios e santuários naturais.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.guaranoticias.com.br/