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sexta-feira, 6 de março de 2015

A manha do jogo


O ancião, nos noventa anos, advinha nas décadas no divertimento. O carteado, na tranquila paragem do interior, caía no principal passatempo. As casas e vendas, na presença de amigos e conterrâneos, incidiam nas apostas. O convívio, no coleguismo, fluía calmo e solto.
Os pioneiros, nos tempos idos, introduziram a obsessão. O bife e canastra, na atualidade, caem nos negócios dos modestos. A escova e nove calham na vontade dos abonados. Os clamores, na má sorte, incidem na impressão de exclusão e insulto.
O realce liga-se ao conselho dos antigos. As apostas, nos jogos, advêm no módico. O sujeito, no total, carece de consumir demasia. O valor, na perda, fenece em conter o ganho do dia. O caso, no peculiar, liga-se aos frutos do benefício. Perdas recaem em aflições e penúrias.
A tradição, nos vários netos, sobrevém no ensaio do jogo (no habitual dos dias). A brincadeira, na tenra idade, institui ardor e desejo na família. As intempéries, na invernia, estimulam afluência e ofício. A mídia, na onda do celular, induz a reavaliação do artifício.
Alguma conversa, na intermitência, complementa a coexistência. As ocorrências locais, no exame cotidiano, lavra-se a essência dos enfoques. Os apegos, nas vivências, verificam-se formadas nas precoces idades. O acurado, na supressão das peças, divulga a tática do jogo.
As excessivas sortes, no decurso das partidas, costumam nortear mistério e trapaça. Os baralhos, na percepção colonial, perpassam como exercício mental.       


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.blogbrookfield.com.br/