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quinta-feira, 25 de abril de 2013

A incoerência financeira


As pessoas falam certas coisas inacreditáveis! Muitos, no desconhecimento ou na ingenuidade, ainda acreditam nas ladainhas! Exemplo: “O dinheiro ser coisa do diabo!”
Os indivíduos, de forma adoidada e apressada, correm atrás do numerário. Aquele fedorento e mero papel-moeda, como sangue do capitalismo ou socialismo, movimenta todo tipo de engrenagem e labuta. O camelô percorre ruas e avenidas para vender. O morador da rua pede centavos para o prato do dia.  O papeleiro puxa carinhos carregados como algum irracional. O religioso prega a palavra dita santa. Profissionais liberais enfurnam-se em cubículos para vender conhecimentos...
Os humanos, em todos os instantes e momentos, falam em dinheiro. O mercadinho fornece pão no propósito do lucro. O posto de combustível, sem cartão de crédito ou grana, não tem choradeira. O trabalhador em geral, sem salário, nem comparecer ao local da jornada. A comunidade religiosa, sem a taxa anual, carece de enterrar quaisquer entes. A municipalidade, sem os impostos, fraqueja na coleta do lixo...
Uma realidade, no cotidiano da existência, impressiona na alegria e satisfação. Algumas notas, dadas na mão de quaisquer viventes, cedo externa um sorriso nos lábios do fulano, beltrano e sicrano. O comportamento e a fisionomia assumem ares de alegria e felicidade!
O dinheiro, por não existir de forma bruta na natureza, os governos tiveram a necessidade de criá-lo. O cidadão, tendo numerário, “parece ser o cara” (podendo ser um tremendo chato e imbecil). A carência, em meio a melhor conversa ou choradeira, cerra amizades e portas. A moeda, nas suas benesses ou mazelas, move o espírito humano e os sistemas econômicos (ainda mais “a quem senta nalgum galho seco para sobreviver!”).
As sociedades humanas com suas muitas diferenças e incoerências! Os discursos e as teorias são uma realidade e a prática e o trabalho outra. As pessoas, na sua totalidade, ostentam a idêntica chaga: apreciar e gostar demais do dinheiro.

Guido Lang
“Singelas Crônicas do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://reavivamentoereforma.com

O veado e a vinha



Fugindo de uns caçadores, um veado escondeu-se em uma vinha (plantação de uvas). Estava enfim salvo do perigo porque os caçadores, depois de muito o haverem procurado, já iam se retirando. Vai o infeliz veado e põe-se a comer as folhas da vinha que o escondera; a vinha toda estremeceu; os caçadores voltaram-se e o descobrem.

Moral da história:

A ingratidão, mais cedo ou mais tarde, acaba sendo castigada.

Esopo (Final do século VII a.C. e início do século VI a.C.)

                                                    Crédito da imagem: http://esdrascabral.blogspot.com.br