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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O especial atendimento


O morador, nos sessenta anos, comemorou especial evento. A data assinalava aniversário, aposentadoria e casamento. O momento consistia em ajuntar amigos e parentes!
O clã, nos cinquenta convidados, achegou-se ao acontecimento. Irmãos, cunhados, noras, sobrinhos vieram congratular o festeiro. As gargalhadas puderam ser reforçadas!
As despesas, das bebedeiras e comilanças, correram por alheia conta. A dificuldade, no espaço, consistia em abrigar e atender toda a gente. A organização funcionou a contento!
O filho das colônias, na criatividade, inovou no atendimento. A esperteza, na funcionalidade, ultrapassou as expectativas. Os presentes elogiaram o atendimento!
O casal, na abreviação de serviço, organizou as saladas nas mesas. As carnes, como churrasco de rês e porco, foram repassadas em picadinho. Os presentes atendiam-se no gosto!
O pessoal, nas rodadas, pode degustar e satisfazer a fome e sede. As bebidas, na improvisada taça (como freezer), permitiram o autoatendimento. A fartura induziu aos exageros!
Quem promove festas preocupa-se em bem atender. O cidadão, em especial momentos, oferece do bom e melhor. Os eventos promovem o reforço nos laços!
As famílias, em situações, promovem eventos com razão de não reencontrar-se unicamente nos velórios. As especiais comemorações revelam-se esporádicas!
Os dispendiosos eventos obrigam a necessidade de pré-economias. O autoatendimento tornou-se sinônimo de dispensa de serviçais!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://alquimiadacozinha.blogspot.com.br/

A alheia riqueza


O proprietário, no desleixado açude, procurou inovar e repor. O criador procurou reparar a margem e repovoar o ambiente. Dezenas de alevinos somaram-se as águas!
As onerosas rações, com paciência e trabalho, foram lançadas como trato. Os peixes, em semanas e meses, avolumaram peso. O investimento prometia retornos e satisfações!
A surpresa, no imprevisto, sucedeu-se na criação e extração. À distância, residência e reservatório, favoreceram incursões e roubos. As indesejadas visitas somaram-se no lugar!
Os aventureiros, na ausência do criador, valeram-se da situação. Os malandros, à surdina, passaram fina rede. Os peixes, de bom peso, viram-se apanhados e levados!
O desânimo implantou-se no ressarcimento. Os reinvestimentos minguaram no negócio. O deus dará tomou conta do reservatório. A natureza encarregou-se de repovoar!
Os espertalhões, em primeiro plano, preocupam-se em surrupiar o alheio suor. Os instintos primitivos, de caçador e coletor, sobrevivem no subconsciente humano!
As pessoas, no fortuito, possuem disponível tempo. A satisfação de multiplicar e produzir revela-se virtude dos ousados! A malandragem vê-se escamoteado roubo!
Açudes, em chácaras e propriedades, revelam-se sinônimo de aborrecimentos e perdas. O patrimônio, no sucesso alheio, acirra instintos da inveja e pilhagem!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://missalemfoco.blogspot.com.br/