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domingo, 22 de novembro de 2015

O encravado ouro


O enterrado, no fruto das pilhagens, difundiu-se no meio colonial. O afamado atacante, na propriedade do genitor (no incrustado da linha), teria abrigado polpudo fruto. O insolente malandro, na ação das agências e lojas, teria surrupiado expressivas somas. O dinheiro, no receio do confisco, advinha em compras de peças em joias e ouro. Os metais, no informado das suspeitas, mantêm-se no provável encravado e resguardado da terra. O exteriorizado, nas alocuções informais, alardeou-se no parco tempo das localidades. Os vizinhos, em surdina, redobraram olhares e vigias. Os caçadores, no argumento da apreensão de presas, aventaram de esquadrinhar ambientes. Os cortadores, na colheita das brenhas, versaram em revirar seixos. Os madeireiros, na desculpa de comprar toras (eucalipto), incursionaram em aclives... A averiguação, no dissimulado, insidia no desejo de vislumbrar sorte. As pessoas, no conto da riqueza fácil, nutrem fantasias e prestam-se aos burlescos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://macacovelho.terra.com.br/