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sábado, 24 de fevereiro de 2018

A transpiração celeste



O evento, no culto de Páscoa, acontecia no anseio e tradição. O calendário religioso, no exclusivo da entidade, caía na matina e penumbra. A celebração, na ressureição do Nosso Senhor (Jesus Cristo), ocorria nos louros terrenos. O atípico, no domingo, sucedia no júbilo.
As famílias, no horário das cinco, seguiram o rumo. A centúria basílica, no início das seis horas, convidava a comunhão e convivência. Os imperativos, no acolhimento das criações, foram antecipados ou preteridos. O acréscimo, na junção do café fraterno, caía no refresco.
O peculiar, no singular culto, sucedia na antecipada hora. Os corais, nas harmonias, enobreciam alocuções. Os amigos, no retorno das origens, versaram no cumprimento. A feliz Páscoa caía no ensejo. Outros novos, na crença e paragens (distintas), fluíram a igreja.
O curioso, na versão dos antigos, abonou-se na velha sabedoria. São Pedro, nos acasos do tempo, trouxe alento e mudança. “Os santos, nas andanças pelas rodovias, fazem transpirar os céus”. A benzida chuva, no abarrotado e aclarado templo, trouxe alteração e correria.
O lençol (freático), no alento, induziu ardor aos bosques, campos e lavouras. Os seres, no cenário dolorido (da estiagem), saciaram sedes. Os humanos, no sustento, calharam nas francas expensas. O Todo Poderoso, na invisível e soberba mão, minuta surpresas.
Os juízos, na tradição oral, ostentam fundos de ciência e verdade. A esperteza, nos intuitos da natureza, versa em acolher e enaltecer os arranjos divinos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pt.dreamstime.com/fotos-de-stock-paisagem-rural-das-montanhas-na-chuva-image39257863

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O acidente de percurso

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O estudante, na pensão, deixou o preferido copo na beirada da pia. Um convite, em função da imprópria localização, ostentou-se para originar algum acidente de percurso!
O fulano, colega encucado com o sicrano, achegou-se no local. Este, no instantâneo descuido e encosto, originou a queda. A danificação, no estraçalhar, revelou-se completa!
O autor, no causado prejuízo, obrigou-se a comprar outro novo. O objetivo, como manda a boa convivência e bom senso, consistiu em repôr o estrago e prejuízo!
O beltrano, inteirado da desconfiança e estranheza das partes, resolveu “colocar uns gravetos nas chamas”. Este, a título de velada ingenuidade, externou o pitaco!
A conversa consistiu: “- O fulano ficou feliz com o dano! O copo velho rendeu um novo. O valor viu-se bem superior. Uma excelente troca revelou-se para aquele ‘pão duro’”!
A resposta, do atiçado cidadão, foi no sentido: “A situação obriga-me a dar uns blefes naquele afamado malandro”. A raiva, nos dispêndios, acentuou desconfianças e rixas!
Quaisquer patrimônios incorrem em ganhos e renovações. A perda inexiste somente onde nada tem. A “colocação de pilha” sustenta-se agradável brincadeira e passatempo!
Os terceiros, das alheias informações e negociatas, inteiram-se para extrair proveito! Os segredos, do êxito e sucesso, reforçam-se com discrições e receios!
O comportamento humano, diante da cobiça e ganância, assume ares demoníacos. “A mão do correto e justo perpassa os domínios da Terra”!
                                                                                                                                    
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: https://www.velamar.com.br

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Um cuidado excepcional


Uma senhora, no expediente da faxina (de um grande prédio), encontrava-se a varrer corredores e entradas. Forasteiros e funcionários, nestas idas e vindas, mantiveram um escuso e singelo cuidado.
Um detalhe, a princípio despercebido e insignificante, via-se inserido neste comportamento. As pessoas, de maneira geral, conheciam o princípio. Elas, no entanto, careciam de “comentar a fé”. Este, em termos gerais, ligava-se a uma escamoteada crendice!
A doutrina, bastante difundida na surdina, liga-se a eventual negligência. O indivíduo, em meio aos atropelos e correrias diárias, não poderia ter varrido os calçados.
A varredoura, num descuido da eventualidade, representaria tremendo azar nos relacionamentos amorosos. Os azarados acabariam incorrendo na falta de propostas!
As vítimas, na inconveniência, acabariam com a infelicidade de casar. O matrimônio, conforme a crendice generalizada, restringir-se-ia unicamente a situação de "namorido" (ficar sem compromisso).
Quem não aspira a uma boa e interessante companhia? Uma parceria, no ambiente caseiro e “cobertor de orelha em meio ao frio de inverno”, para compartilhar alegrias, conquistas e tristezas.
A cara metade, com raras exceções, ostenta-se uma aspiração generalizada para constituir família! Um princípio, de maneira geral, prevalece nas relações: “Digas com quem andas e eu te tirei quem és!”
Inúmeras convicções norteiam nossas ações e passos. As crendices, com aparência de absurdas ou ridículas, possuem igualmente um fundo de verdade. Quem não possui suas crenças e manias!

                                                                            Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”


Crédito da imagem: http://www.relacionamentos.org

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O estranho hábito

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        O morador, a vida inteira, passou os dias nas colônias. O trabalho, na diária sina, via-se como incumbência. Criar e plantar tornou-se a essência do conhecimento e sobrevivência!
     O cidadão, nas idas e vindas da lavoura, criou ímpar hábito. Este, a semelhança do chiclete, envolvia-se a mastigar dentes de alho. As peças assumiram ares de guloseimas!
        O saliente cheiro, a boa distância, transpirava pelos poros. A fama, de fede-fede, tomou as conversas comunitárias. O consumidor, nas vizinhanças, angariou falatório e fama!  
      O detalhe ligava-se a ausência de maiores “ataques dos bicharedos”. As mazelas das gripes viram-se ausentes. O camarada, no geral, parecia imune aos micro-organismos e vírus!
       A caseira medicina, como dificuldade e empecilho, registrava o afinado sangue. A vida, como gratidão, abençoou com a avançada idade. Uma inveja viu-se de inúmeros jovens!
      A velhice desconheceu maiores mazelas e patologias! A longevidade, com o colapso do organismo, foram às causas da morte. A vida, na versão familiar, pareceu feliz e ousada!     
      Os estranhos hábitos e manias saltam aos alheios olhos. Os gostos e preferências, a semelhança das ideias e opiniões, ostentam-se variados e úteis nesse velho novo mundo!

                                                                             Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://forum.noticiasnaturais.com

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A incômoda circunstância


O docente padecido na manobra das imaturas almas auferiu a assistência singular. A estagiária, na categoria de universitária da ciência, tornou-se aprendiz. O estágio, no colégio particular, granjeou espaço e negócio. A cancha, na prática, cairia na apreciação e contratação.
A substituição, no conjunto de classes e preleções, adveio na direção e manejo. A estudante, no conjunto do segundo grau, fora principiante e proeminência. A aula, no clássico profissional, incorria no gosto do modelo e substância. O estímulo incitou na escolha.
O curso, no ofício de cronista, incidiu no desígnio. O professor, na qualidade de instrutor, instruiu as astúcias do ensino. O manejo, no gênero humano, acontecia na aptidão e destreza da certificação. O teórico, no exercício, ganhou destaque no ágil e objetivo.
O pormenor, no todo das cargas trabalhistas, resultou na incômoda circunstância. O calejado, na dimensão da eficiência, acabou destituído e substituído na cadeira. A jovem, na metade do ordenado, tomou as delegações. O tarimbado pode procurar ocasionais ares.
A instrução, na eficácia dos macetes, traduziu-se no autoprejuízo. A rede particular, nas oscilações do mercado, versa em fazer rotineira limpa. Os técnicos, nos altos ganhos, acabam destituídos. A folha, na cobertura, calha no enxuto. O juízo carece em “criar marajás”.
O sujeito, nos pés no chão, precisa saber da transitoriedade das cátedras. Os moços, na agilidade do manobro da informática, levam adição no comércio dos serviços.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://paratodos.net.br/

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O privado uso

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O agricultor, em seio da propriedade, amanhou roça. A melancia, em cultivo, brotou em apreciáveis exemplares. A ceifa, em consumo privado, benzeu obra. O laborioso, em sensata hora, apontou na exagerada sede. O serviço, em faina manual, absorvera forças. O mata sede, em calor e suor, recebeu alento do fresco fruto. A escolha, em minuciosa ceifa, recaiu na mais graúda. O artigo, em deleitoso e volumoso, afluiu no corte. A degustação, em sombra do arvoredo, calhou no prévio (ao almoço). O roceiro, em único apreciador, caiu no impossível gasto. O esperdício, em ampla parte, contraiu vulto. O igual, em saga (do ilustrativo rural), acode na cara metade. A/o parceira/o, em exagerado encanto e elegância, incidem no “impossível privado uso”. Os convites, em toda hora, sobrevém das concorrências. O fraquejo, em cochilo de condição, sucede em traições. Os alheios, em simulados amigos, aguardam estação e ocasião. As chamadas, em associações, conferem-se amplas e constantes.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.saudedica.com.br

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

O impensável lance

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O pacato moço, em afável gente, instalou-se na morada da sogra/sogro. A ação, em flerte com filha, assistiu-se bem aceita. O labor, em assistente do domínio, caía em fecundo. O namoro, em bom tempo, fluía em carência de entraves. O casório, em contrato e filhos, surgia dispensável. A família, em certa época, alargou e melhorou abrigos. A propriedade, em belo negócio, requisitou adições. O construtor, em equipe de carpinteiro e pedreiro, despontou contratado. O conluiado, em material, precisou derribar varas (em mato de eucalipto). A falta, em escassa hora, conduziu no impensável. O pasmo, em antecipado regresso, acudiu no flagra. A companheira, em envolvimento com construtor, saiu enxovalhada do aposento. O traído, em bem mais velho, havia “levado guampa”. A relação, em conversa em outra hora, conduziu em rompimento. O cúmplice, em novo “namorido”, preencheu vazio. O fato diz: O conluiado, em ilusão, avalia conhecer associação. O peculiar lance, em visualizado, aponta natureza.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://olhandopeloladoracional.blogspot.com.br/

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A expressão de ouro

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A vizinha, em longínqua paragem, introduziu variedade nova. A exuberância, em alho poró, contrastou no usual. O agricultor, em filho das colônias, ganhou quinze bulbos.  As sementes, em amanhadas, granjearam atenção de ouro. O fim, no imediato, assiste na propagação. O plantio, em massivo, adveio nos anos porvindouros. A técnica, em jardinagem, abre horizonte de comércio. A riqueza genética, em camponês, cai em apego de fortuna.

Guido Lang
“Gotas de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://br.depositphotos.com

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A diferença de sorte

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O morador, em fanático torcedor, criou hábito. A vitória, em time do coração, assiste na largada de foguete. A arte advém em aspectos de jura. O vizinho, na torcida da concorrência, compra dúzia de ovo (no valor). O item, na galinha choca, vê-se gerado pinto. O segundo inspira-se abonado e sortudo. O inicial arrasta-se em assalariado e pé-frio. A ação, na multiplicação da grana, cunhou diferenças. A virtude, no capital, cai em multiplicar dinheiro.

Guido Lang
“Gotas de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.fiscalizarextremosul.com

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Oração ao Deus Desconhecido

Ficheiro:Portrait of Friedrich Nietzsche.jpg
  
     “Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente, uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti de quem eu fujo. A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar. Sobre esses altares estão gravadas em fogo palavras: ‘Ao Deus desconhecido’. Teu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrilégios. Teu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo. Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servir-Te. Eu quero Te conhecer, desconhecido. Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida. Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero te conhecer, quero servir só a Ti”.

Friedrich Nietzsche (1844 – 1900)


Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Portrait_of_Friedrich_Nietzsche.jpg