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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ousadia


“Todos podem começar, mas somente poucos terminarão”.

Napoleon Hill

O entusiasmo


“O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conquistar o que desejas”.

Napoleon Hill

Inimigos


“O homem que pensa com exatidão jamais julgará uma pessoa pelo que dela dizem seus inimigos”.

Napoleon Hill

As novas ideias


"Não devemos ter medo das novas idéias! Elas podem significar a diferença entre o triunfo e o fracasso". 

                                                 Napoleon Hill

Apresentação de "Contos do Cotidiano Colonial" de Guido Lang



A vida depara-nos com acontecimentos bucólicos e histórias pitorescas, que trazem facetas da complexidade humana da vivência humana. Inúmeras vezes, na nossa infância, ouvimos nossos amigos, pais e vizinhos, narrar contos e histórias, quando estes, nos dias chuvosos ou finais de semana, visitavam-se com razão de conversar, comer pipoca, tomar chimarrão... Ouvimos, nestas oportunidades, os contos do cotidiano colonial, que ficaram gravados, durante anos, na nossa memória.
Damo-nos o trabalho de registrá-los com o objetivo de não deixá-los cair no esquecimento, pois retratam o espírito de uma época e modo de vida dos moradores coloniais. Alguns contos, contados com tamanha frequência, praticamente integram “o folclore regional”, pois são narrados de geração em geração. Outros foram vivenciados no interior de Teutônia/RS, os quais tiveram o privilégio de vivenciar em nossa infância (no contexto de uma propriedade minifundiária de subsistência e localidade habitada essencialmente por teuto-brasileiros).
Almejamos uma agradável e boa leitura dessa singela obra literária, que inaugura as incursões do autor na literatura de contos regionais. Esperamos, dessa forma, contribuir para o enriquecimento cultural do amado Rio Grande. Obrigado pela consideração e satisfação de degustar esses modestos escritos.

Guido Lang

Crédito da imagem: http://www.achetudoeregiao.com.br/rs/teutonia.htm 

Prefácio de "A Colônia Teutônia: História e Crônica (1898-1908)"


 

Por Telmo Lauro Müller (17/09/1926-09/01/2012)

Ex-diretor do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo/RS e Ex-Presidente do Instituto Histórico de São Leopoldo/RS

            Conheci Guido Lang num Simpósio de História da Imigração realizado em São Leopoldo, quando ele se inscreveu para apresentar um trabalho sobre Teutônia/RS, faz alguns anos. Seu jeito retraído sem plumas nem paetês, mostrava um filho da colônia alemã, preocupado com a história do chão que o viu nascer; com a presença daquela gente simples que plantou a civilização do trabalho nos Vales do Sinos, Caí, do Taquari e outros vales com o registro de fatos que poderiam perder-se. Artigos posteriores em jornais confirmavam esta assertiva. Com a amizade consolidada, sou por ele procurado com um pedido: escrever o prefácio de um livro de história sobre a sua Teutônia/RS. Sem esperar por minha resposta, entregou-me um monte de papéis e fotografias. As fotografias logo me encantaram, porque são a síntese visual de um torrão gaúcho colonizado por imigrantes alemães. Não é preciso dizer que aceitei o pedido, que o leitor tem diante de si, se é que vai lê-lo, o prefácio pedido.
            O autor começa dizendo que “povo sem história é povo sem memória”, e atiça o leitor a conhecer o que os imigrantes fizeram e deixaram no Alto Taquari. As dificuldades encontradas em Teutônia/RS são as mesmas da Baumschneis (Dois Irmãos), da Berghahnerschneis (Ivoti) ou qualquer outra colônia. Também os nomes de famílias repetem-se e tive o prazer de “rever” a família Osterkamp, que está no livro de Güinter Weimer sobre a arquitetura alemã no Estado. Também os Dickel chamaram-me a atenção porque devem ser antepassados da leopoldense Heda Dickel Sprenger, provavelmente a mais ardorosa teutoniense que eu conheço.
            Há leopoldenses na história de Teutônia/RS. Entre as companhias colonizadoras está a “Sociedade Carlos Arnt e sua mulher Filipina Arnt, Henrique Bier e sua mulher Joaquina Rita Bier e Luiz Bier”. Ora, Henrique Bier foi um nome notável na história leopoldense e também de Gramado/RS, onde o lago junto ao Parque-Hotel chama-se Joaquina Rita Bier.
            Em Teutônia/RS vamos encontrar elementos característicos de todas as colônias alemãs: a satisfação pelas primeiras exportações de produtos agrícolas excedentes da subsistência; a criação de escolas em cada picada; a fundação das sociedades recreativas. E tem mais. O livro é uma fonte genealógica e registra dados de cada picada, o que, no futuro, será como um oásis no deserto: de extrema importância para a vida espiritual, para se saber quem foi, como foi, quando foi.
            Um prefácio deve dar uma ideia do conteúdo do livro para estimular o leitor a penetrar-lhe o âmago. Mas, é preciso ter cuidado para não fazer do prefácio o livro o que aqui bem poderia ser o caso, pela afetividade entre dois filhos de colonos – o autor e o prefaciador – e a grande semelhança entre a original “Colônia Alemã de São Leopoldo”, e a nova Colônia Westfaliana, objeto deste livro.