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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O singelo contrato


O tradicional apostador, como apaixonado jogador, improvisou outra competição e jogo. O cidadão, na certeza de carregar a verdade, apostou singelo valor monetário!
As partes, num litígio de informação, foram averiguar a realidade dos fatos. O lapso de memória traiu a esperteza e inteligência. O desacerto reforçou os muitos dispêndios!
A solução, num esquivo da obrigação, consistiu em mudar expressões e renegar palavras. O dito pelo não dito serviu de artimanha. A obrigação ficou no deus dará!
O sucedido, ao ganhador, ensinou e reforçou experiência. As palavras, jogadas ao vento, carecem de serventia. As pessoas, por migalhas, safam de estabelecidos e tratados!
O indivíduo, diante do mentiroso e tratante, obriga-se a fazer algum apontamento e documento. A assinatura, com reforço de testemunhas, revela esperteza e garantia!
Um singelo contrato, na mútua concordância, abrevia uma porção de aborrecimentos e dispêndios. Os litígios, no mundo dos espertos, entopem de processos o Judiciário!
Sábio ostenta-se aquele que documenta negócios e tratados. As pessoas, conforme os interesses e necessidades, mudam falas e palavras!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://minhakasa.blogspot.com.br/

O tempo ao tempo


As famílias, em função da amizade, negócios e parentesco, mantinham uma acentuada e intensiva visitação. Os encontros, em momentos semanais, sucediam-se nas vivências!
Os assuntos e temas, das muitas e variadas conversas, começaram a ser chatos e repetitivos. Os ares das fofocas e mentiras tomaram sentido e vulto!
Os excessos de intimidades levaram ao conhecimento recíproco dos detalhes familiares e particulares. Algumas explanações assumiram o colorido de discordâncias e ofensas!
O relacionamento, em colocações e sugestões, gerou mútuos comentários e desconfianças. Amizades e negócios, com alheias opiniões, viram-se mesclados e trocados!
A solução, para evitar brigas e intrigas, consistiu em dar um tempo ao tempo na convivência. Um intervalo, nas tradicionais ceias, chimarrões e visitas, tornou-se necessário!
Os excessos, nas convivências e intimidades, conduzem ao desabrochar das dificuldades e fraquezas. Os intervalos, para angariar notícias e vivências, renovam assuntos e enfoques nas conversações e tratos!
                                                    
        Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogsergiofreire.wordpress.com