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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Exceção à regra


O filho das colônias, na máxima obra, construiu admirável morada. Os acúmulos, na economia, foram empregados na iniciativa. A alegria e soberba advieram na concretização e fantasia. O domicílio, no âmbito singular, descreve os amores e anseios.
O detalhe, no estranho, relacionou-se na escolha do local. A edificação, no interior da propriedade, incidiu na peculiar nascente. O olho d’água, no conjunto do porão, irrompia farto líquido. O lavatório, na abundante água clara e fresca, viu-se canalizado no ambiente.
Os conselhos, na manha popular, advieram no instalado. O nocivo, na questão conforto, fluía na conversa e sugestão. O inadequado, nos excessos da umidade, resultaria na enfermidade. A curta vida, na ausência do desafogado clima, viria no precoce perecimento.
Os familiares, na qualidade da esposa e filho, adiantaram-se no infortúnio. O sujeito, no aferro e cuidado, acabou ancião. O sujeito, na dádiva divina, ultrapassou os noventa anos. A abastança, no poder da água, advinha no melhor agrado das criações e plantações.
A exceção na regra, na boa saúde, costuma ser privilégio de raros. O indivíduo, na meteórica viagem terrena, abdica em provocar a fortuna. Os excepcionais transcorrem os desafios na aventura e bênção, porém os normais abreviam os modestos e preciosos dias.
As sabedorias, no argumento da ciência empírica, ostentam fundos de veracidade. Os avisos, na amizade e consideração, advêm na condição de ouro e prata.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.akatu.org.br/Temas/Agua?ordem=2