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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A história de fundação da Associação Esportiva Avante


1 - Logomarca da Associação Esportiva Avante/Teutônia/RS.



2 - Campo da Associação Esportiva Avante, na Linha Boa Vista Fundos/Teutônia/RS.



3- Foto do time da Associação Esporte Avante em 1946.

Sentados: Norberto Strate, Lothário Lang, Willibaldo Wiebusch.
Ajoelhados: Milton Dienstmann, Seno Musskopf, Arthur Petry.
Em pé: Norberto Korte, Oterno von Mühlen, Edgar Wiebusch, Helvin Dickel, Werno Plantholt.


O futebol de campo, conforme dados de Afonso Lang (último descendente da 2ª geração de teuto-brasileiros), foi introduzido na Boa Vista Fundos/Teutônia/RS pelos irmãos Armindo e Carlos Sabka. Os aficionados trouxeram a prática de Conventos/Lajeado/RS. A dupla, no propósito de comercializar calçados (fabricação artesanal), teria assimilado o esporte em Lajeado (nas viagens de rotina). A Associação Esportiva Avante, paralelo ao Canabarrense (Canabarro), União (Germana) e Gaúcho (Teutônia), fora pioneira no esporte amador na comarca Teutônia (distritos na época de Canabarro, Languiru e Teutônia/Estrela).
A Associação Esportiva Avante, segundo Caderno de Fundação do “Grupo União de Futebol” (fonte arquivada por cinquenta anos por Afonso Lang), foi criado em 04 de novembro de 1941. A designação original foi “Grupo União de Futebol”. A denominação careceu de agradar aos atletas. Os associados, por vários meses, ficaram escolhendo distinta designação. O coligado Afonso Lang, na súbita lucidez, aludiu ao nome de “Avante”. A denominação, no imprimido na capa, adveio do título de “Caderno Avante” (publicidade do Estado Novo). As folhas serviram para instituir os iniciais registros. O campo arranjou-se no potreiro de Levinus Musskoph (posterior área de Benno Bornholdt e atual de Guido Lang). A largada, em 09 de novembro de 1942, ocorreu com singular churrasco e partida. A diretoria, na gestão inicial, foi constituída por Armindo Sabka e Helmudt Bayer (1° e 2° presidentes), Leopoldo Messer (juiz e capitão) e Afonso Lang (tesoureiro, 2° juiz e capitão).
Os sócios fundadores, na escrita em alemão (forte influência do dialeto do Hunsrück), redigiram estatuto provisório. O texto, no original, descreveu: “O presidente e o tesoureiro possuem o direito de fiscalizar os livros. O presidente e fiscal precisam lê-los e fiscalizá-los, sob suas responsabilidades, precisam estar em ordem. O presidente possui a obrigação de dirigir e falar sobre os compromissos e onde houve dúvidas serão consultados os responsáveis sobre a tarefa. O capitão possui somente o direito de escalar e recomendar os jogadores. Cada jogador precisa obedecer e concretizar as ordens do capitão. O valor da filiação é de 300 réis e a mensalidade é de 500 réis, que precisam ser pagas de antemão no primeiro ou segundo domingo do mês e quem não pagá-la num mês possui a obrigação de comprar outra filiação ou não poderá integrar o quadro. Ocorrerá cada mês uma reunião geral, na qual cada jogador precisa participar; verificarão-se, neste encontro de sócios, a revisão ou fiscalização dos livros (caderno), que estão em poder do presidente e fiscal. O presidente e o fiscal possuem o direito de convocar a reunião geral”.
Os sócios fundadores, por ordem de inscrição, foram: Arnildo Birkheuer, Carlos Sabka, Leopoldo Messer, Erno Birkheuer, Afonso Messer, Armindo Sabka, Emílio Konrath, Afonso Lang, Leopoldo Heinemann, Raimundo Bayer, Eugênio Morgenstern, Ewaldo Köhler, Fridolin Musskoph, Helmundt Bayer, Alfredo Strate, Ervino Kettermann, Edmundo Kichler, Bernado Bayer, Norberto Strate, Erno von Mühlen, Wilibaldo Bayer e Edgar Wiebusch. Sócios que filiaram-se em 1942 são: Fridolin Bayer, Helmudt Strate,  Friedoldo Bayer, Benno Bayer, Carlos Otto Lang, Werno Strate, Osvino Gräf, Willi Gräf, Benno Eggers, Werno Musskoph, Werno Dickel, Henrique Kettermann, Afonso Klein e Hugo Kettermann. Filiaram-se, conforme fonte, outros sócios: Willi Korte, Lothário Lang, Benno Bornholdt, Arnildo Strate, Ewaldo Schäffer, Edvino Dietze, Athur Ohlweiler, Raimundo Strate, Friedholdo Heinemann, Júlio Schöer, Erno Dickel, Seno Musskoph, Bernardo Dietze, Levino Ninow, Werno Lang, Levinus Musskoph, Raimundo Bayer, Osvino Dienstmann, Alcido Müller, Willibaldo Strate, Alvício Kettermann, Francisco Costa, Arnildo von Mühler, Walter Antoni, João Stahlhöfer, Herberto Dickel, Benno Paasche, Olivério Strate, Henrique Lamb, Rudolfo Geib, Edmundo König, Erno Stahlhöfer, Rudy Sabka, Syrio Gerlach, Helmudt Lang, Emilio Schäffer, Helmudt Kilpp, Raimundo von Mühlen e Helmund Brackmann.
O caderno documento, no ajuste de assistência, registra combinado de jogadores (em machucar-se ou quebrar osso). Os anexos, num valor máximo de 500 réis, necessitarão ajudar a custear os gastos do acidentado. Os subscritos, na sequência, foram: Armindo Sabka, Leopoldo Messer, Afonso Lang, Helmudt Bayer, Eugênio Morgenstern, Alfredo Strate, Norberto Strate, Ervino Kettermann, Bernardo Bayer, Rudolfo Messer, Reinoldo Bayer, Fridolino Musskoph, Arnildo Birkheuer, Ewaldo Kohler, Ervino Heinemann, Leopoldo Heinemann, Emílio Konraht, Anildo Musskoph, Erno von Mühler, Willibaldo Bayer, Edgar Wiebusch, Carlos Sabka, Afonso Messer, Fridolino Bayer, Helmundt Strate e Fridholdo Bayer. A relação, na equipe de jogadores, foi possivelmente o primeiro quadro. A Associação Esportiva Avante, em 04 de novembro de 1991, promoveu meio século de existência com suculento churrasco e magníficos jogos.


(Fonte: Guido Lang, Caderno de Fundação do “Grupo União de Futebol”, pág. 01 a 06).



Crédito da imagem: 

A.E. AVANTE: http://timesdors.blogspot.com.br/2014/09/avante-de-teutoniars.html

CAMPO DA A.E. AVANTE: http://www.panoramio.com/photo/36929533 - Foto de Vanderlei Hensel.

TIME DA A.E. AVANTE: http://aeavante.xpg.uol.com.br/fotos.html




O inusitado achado



Os ajeitados e atrevidos lenhadores, no amainado chão da colheita (acácia-negra), acharam miúda e tenra planta. O vegetal, na identificação, auferiu curiosidade e diligência. O transplante, no extraído e transferido, granjeou limpidez e flexível solo. Os pombos do mato, na ação espontânea, alastraram germes e sementes. A importação, na preciosa estirpe da mandioca, caiu na ação e interesse. O vegetal, no cultivo do aipim, acabou identificado no atributo. A rama, na porção de três anos, acabou acurada e multiplicada. As raízes, no inusitado fruto, agradaram gamado de gostos. Os pessoais, na aptidão do ofício, granjearam exemplares. O objetivo, no perpétuo da espécie, adentrou na ênfase e exercício. Os coloniais, no apego da natureza, mostram-se atentos e solidários entes. A natureza, no receio da extinção de espécies, trata de abrigar-se dos flagelos e hecatombes. A bisbilhotice, em circunstâncias, multiplica e subsidia benefícios e riquezas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.frufresh.pt/Mandioca.html