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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O pleno amadurecimento


O produtor, na diminuta propriedade, mantinha um capricho e dedicação especial na extração das necessidades. As bananeiras ostentavam aquele xodó e colorido excepcional!
As plantas, pelas cercanias do pátio, difundiam-se como lavoura e plantação. O autoconsumo, nas deliciosas frutas, ganhava a primazia do interesse e procura!
O embelezamento e sombreamento somava-se ao cenário colonial. A cultura integrava o conjunto da horta, jardim e pomar! Um refúgio perfeito via-se para a variada fauna!
O solo, mesmo diminuto e restrito, ganhou o racional aproveitamento. A adubação complementava eventuais carências e deficiências de nutrientes!
Os cachos, em função de modesto segredo, possuíam o divino sabor. O adocicado, comparado aos frutos amadurados dos supermercados, contrastavam na qualidade!
O mistério, a partir do comportamento dos pássaros, advinha do detalhe. A colheita dos cachos, na práxis do produtor, sucedia-se unicamente na proporção do avanço da fauna!
As aves, como naturais da terra, conhecem o pleno amadurecimento. As unidades, em desenvolvimento e maturação, alcançaram a magna perfeição na proporção dos avanços!
A apreciação dos frutos, no calor das refeições e sabor dos intervalos dos trabalhos, é saborosa. Custa achar alguma sobra. O conhecimento liga-se a época própria do corte!
Os pioneiros, como néscios da vegetação original, inspiraram-se no comportamento da fauna. Os frutos, de abundante consumo das aves, permitia a plena digestão humana!
O excessivo fracionamento dos lotes lança os começos da agricultura de jardinagem. O astuto e esperto, para aliviar encargos e somar ganhos, concilia o agradável ao útil!
                                                                                     
                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.significadodossimbolos.com.br/

Os fogões de lenha


O sol primaveril tomou ares do divino aquecimento e aparecimento. Os ambientes impróprios, diante da prologada carência, ganharam arejamento e secamento!
O astro rei, depois de três meses de frio, achegou-se as habitações e vilas das encostas e morros. As casas, localizadas na direção norte-sul, careciam da abençoada presença!
Os meses, de junho a agosto, produziram gelados e mofados ambientes. Os locais tiveram dificuldades com as intermináveis e prolongadas gripes e resfriados!
As habitações, nos ambientes interiores, tornaram possível a sobrevivência graças à eficiência dos fogões de lenha. Estes ganharam a primazia da serventia!
Os artefatos, durante dias e noites inteiras, valeram-se da constante combustão. O aquecimento, diante do gélido e úmido ar, tornou arejável e habitável as singelas peças!
Os calçados e roupas, nas cercanias, viram-se estendidas e secadas. As proximidades, em reunidas famílias, ganharam a convivência. As cozinhadas e fervilhadas somaram-se nas chapas!
As dificuldades, no geral de carentes ou migrantes, levou a improvisação habitacional. As casas e casebres, em meio à declividade e vegetação, ganharam campo fértil e nobre!
A especulação imobiliária e variadas taxações levaram habitações as inóspitas áreas. Os vileiros, nos centros maiores, obrigam-se a ocupação e refúgio em banhados e encostas!
As necessidades, diante das carências monetárias, conduzem as improvisações e inovações. As pessoas degladiam-se para sobreviver e viver nas inúmeras e muitas vilas!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/photo/15474624
Foto de Elcio Douglas