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sábado, 28 de fevereiro de 2015

O curioso insulto


O filho das colônias, na qualidade de universitário, viajou a pátria dos ancestrais. A turnê, em função de cursos, estendeu-se aos principais pontos turísticos. As cidades, recém bombardeadas (Segunda Grande Guerra), advinham na pronta e rápida reconstrução.
Os destroços, nas deficiências, viam-se elegidos e revirados nos materiais utilizáveis. O curioso, na adversidade, ligou-se aos feridos e mutilados. Um natural, ex-combatente (Front), chamou deveras atenção e clemência. O cidadão, nas pelejas, perdera as mãos e perna.
O peregrino, na consternação, ofertou dinheiro. A esmola mirava abrandar aflição e miséria. A ação, no instante, assumiu vulto de furor e insulto. O corpo, no exclusivo e singular membro, exprimiu habilidade à faina. O suor, na bravura, admitia contrair o habitual pão.
A pessoa, entre boca e dedões (pé), assentava o pincel. As telas eram armadas e pintadas na via. O artigo oferecido aos turistas. As vendas, em peças, sucediam no ganho. A preocupação social, na feição de encargo e mendigo, perpassa na ciência de chupim e vexame.
O sujeito, na competência, encontra algum meio de subsistência. O ser útil, no apego e filosofia, perpassa no juízo colonial. Qualquer ação, na extensão de certa e justa, vê-se digna e fecunda. A riqueza, no cultivo do ofício, depende da diligência e valor peculiar.
O oportuno suor, no atributo e equilíbrio, aumenta o sabor dos provimentos. A esmola e rogação, na maldição de berço, acabam no achaque e incitação a indigência.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://chicomiranda.wordpress.com