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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A solidão coletiva


Os indivíduos, nas aglomerações, andam cercados de semelhantes. As pessoas, nas casas, ruas e trabalhos, revelam-se aos milhares. Gente por todos os cantos e recantos!
O cidadão, na curiosidade, mostra-se mero indivíduo no conjunto. Outro número somado na documentação. Um dado estatístico apontado nos órgãos de levantamento!
A preocupação essencial consiste em sobreviver e viver no contexto da selva de pedra. A dificuldade, “em meio aos galhos secos”, consiste em extrair alimentos e pagar encargos!
Os amigos e conhecidos ostentam-se escassos. As pessoas, na multidão, carecem de criar afinidades e relações. Conversas esporádicas e superficiais ocorrem com alguns próximos!
Os semelhantes, nas carências de convivência, perpassam como estranhos ambulantes. O comprometimento lê-se contrapartidas. O tempo sepulta quaisquer afinidades!
Os indivíduos, nos agrupamentos, convivem no isolamento. A multidão cerca, porém blinda aproximações e diálogos. O descaso e solidão predominam nas existências e vivências!
Pessoas, na apatia e indiferença, circulam como objetos ou sombras. As aproximações e relações ostentam-se dilema. As “amarradas e fechadas caras” inspiram temores!
As cidades, na história “tudo por dinheiro”, desumanizam o gênero humano. A selva de pedra, na desconfiança e insegurança, inimiza ou rivaliza os semelhantes!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.jb.com.br/

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