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sábado, 21 de setembro de 2013

As inesperadas visitas



Os eleitores, em função da inércia da administração, elegeram determinado candidato da oposição. A gestão, depois da reeleição, havia-se desgastado nos anos de mando!
O recém eleito, como novo chefe, assumiu uma postura administrativa ímpar. Ele, como proposta de campanha, queria melhorar os atendimentos e serviços comunitários!
Os munícipes, os reais pagadores dos imposto e geração das riquezas, mereceriam uma atenção especial. Os escassos recursos públicos deveriam reverter em benefícios!
O político, numa gestão diversa, fazia visitas relâmpagos aos setores públicos. O cacique, sem aviso e em vivos olhos, queria apreciar atendimentos, horários, recursos...
A visitação, nos momentos mais inesperados, ganhava a cortesia. O ritmo administrativo, com os idênticos funcionários e recursos, ganhou outro fôlego e qualidade!
Certos vícios, criados nos anos sucessivos, foram abolidos ou reformulados. A mudança de chefias, numa generalizada remexida, faz uma acentuada diferença e mudança! 
O município, com o idêntico quadro funcional e recursos monetários, redobrou os procedimentos. Um singelo detalhe administrativo fez a diferença!
Políticos, como especiais administradores e estatistas, são pérolas nos Estados modernos. O ente público, como quadro coletivo do bem comum, sobrepõe-se aos interesses privados. Os olhos do chefe, através da presença, fazem funcionar num ritmo diverso os meios de produção!

                                                                                   Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://dinheiro.comunidades.net/

A conversa


O pavão e o urubu tiveram uma conversa de vaidades. As aves, como velada concorrência, queriam terminar com aquela imprópria ciumeira e inveja!
O pavão, ao urubu, comentou aquela facilidade de vôo. Este, lá das alturas, poderia vislumbrar cenários indescritíveis da natureza. Os penhascos, na direção das planícies, ofereciam os espetáculos paradisíacos!
O urubu, ao pavão, falou dos seus ciúmes com o belo colorido. O parceiro, junto ao conjunto das aves, havia ganhado a excepcional bênção. O primeiro, em função do preto, mantinha-se odiado na proporção do segundo muito admirado!
A solução, numa altura da querela, consistiu em chegar a um denominador comum! O pavão, do cativeiro e limpeza, explicou o ônus desse colorido! O urubu, na altura e esconderijo, externou a beleza da liberdade!
O alheio, aos estranhos olhos, parece de melhor qualidade do que o próprio! O cidadão, para ser feliz, precisa aceitar-se daquele jeito como adveio ao mundo! Aqueles que almejam reformular-se e transformar-se acabam por viver infelizes!
Os benefícios ou encargos possuem suas conveniências e inconveniências. As espécies, dentro das virtudes, escondem o segredo da sobrevivência!
                                                                              
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.imagenswiki.com/animais/imagens-pavoes