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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os ares de gênio


O solo, no interior do condomínio, surgia disperso e funesto. O entulho, em areia, brita e lixo, acumulou-se no lugar. O recinto, no velho depósito de construção, nutriu-se habitat da bicharada. O sujeito, no instruído das manhas (rurais), insurgiu sítio. Os parcos metros, nos cinco quadrados, auferiram arranjo e utilidade. Os entulhos, no aferro e resignação, andaram ajuntados e saídos. O chão, no açoitado, assistiu-se revirado e solto. As daninhas, na pecha, foram extraídas. Os dejetos, nos lixos orgânicos, foram enterrados. A fecundidade, fruto da decomposição, atraíra micróbios. As minhocas, no fecundo, apresentaram compleição. Os plantios, em chás, legumes e temperos, adotaram demonstração. O assombro, no solo, adaptou ares de gênio. As economias, na redução das aquisições (sacolão), constituíram episódio. A natureza, na agilidade dos brotados, lavra recuperação e utilidade. Os filhos das colônias, no instinto das andanças e manhas dos chãos, lavram assombros e ciências.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://agronegociointerior.com.br/

domingo, 29 de novembro de 2015

A carecida aptidão


O comércio, na venda de materiais de construção, corria de “vento em pompa”. A urbanização, no afluxo de nova gente, instituía alterações e fortunas. As habituais famílias, no negócio imobiliário, auferiam dividendos e riquezas. As trocas, na escassa concorrência, faziam a festa dos excessos nos preços. O proprietário, na boa gente e simples das relações, acolhia freguesia. O altivo número, em compradores, forçou a precisão de empregados. A esposa, no “empinado do nariz”, assumiu acolhimento e cofre. A clientela, no fingido, emanou tratada. Os acertos, na transação direta (em abatimentos), foram subtraídos. As clássicas conversas, entre compradores e vendedores, viram-se suprimidos. A loja, no parco tempo, fez sumir freguesia. A concorrência, no regozijo da inconsideração, apreciou o incurso no ambiente. O exercício e teoria, na sabedoria, andam de dadas mãos. Um exclusivo acolhimento, no abatido do ensejo, desaba na evasão dos clientes. A pessoa, no ofício, precisa advir na aptidão e treino.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://mercadoeconsumo.com.br/

sábado, 28 de novembro de 2015

A ocasião dos encargos


O dia encontrava-se no alvorecer. As galinhas, nas caipiras, estiveram pulando dos poleiros. O chuvisqueiro, nos ares da primavera, esteve umedecendo as paisagens. O dedicado e inabalável produtor, na noção das criações e plantações, saltou do leito. A precisão, no empenho do progresso e sucesso, atendeu incumbência. A ureia, no espalhado manual, completou alocada nas culturas. As unidades, no escolhido a dedo, adviriam no benigno da assimilação. O serviço, em função de adquiridos compromissos, achara horário peculiar. Os caseiros, na situação do horário de verão, mantiveram-se firmes no leito. A realidade, no propício das ocasiões, descreve de ajustar as obrigações. As minudências, na adequada execução das iniciativas, cooperam no completo êxito e ganha tempo. A notoriedade, nas obrigações, persegue aos afinados e dedicados. Os negócios, nas agilidades a aptidões, sobrevêm em missões e mistérios.  O trabalho, no ardor, institui distração e riqueza.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://gramados.net/

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A esdrúxula andança


O pacato habitante, na classe de filho das colônias, tomou direção e peregrinação. O rumo, na folga dos finais de semana, adveio na direção dos bares e mercearias. A aspiração, no amor ao baralho, foi localizar ambiente e companhia. A aposta, no bife ou canastra, cairia na diversão e tempo. O choro e comento, no contíguo dos causais sócios das conversas, ligou-se nas somas das arriscas. Os recém-abonados, no entusiasmo da diversão e podridão, inflacionaram jogo e negócio. Os amigos, no endinheirado (recente), apostam no grosseiro. Os afeiçoados, no baixo cacife, podem desgraçar-se em hora ganho diário ou semanal. A tarde, no azarão, poderia suceder na perda do angariado mensal ou semestral. O paliativo, no arrojo, consiste em assistir meramente cobiça das mesas e pares. A urbanização, no afluxo de migrantes, sucede em novéis crenças e denodos. O singelo, na moda das colônias, cai em ares de atraso e recuo. O sujeito, no sensato cacife, deve julgar as envergaduras da algibeira.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://pt.wikipedia.org

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Os preceitos sociais


A senhora moça, na tarimba da essência, sobrevém na gama de amizades. Os conhecidos, nas várias entidades, disseminaram-se em eventos e lugares. As referências, nos comentários comunitários, mostram-se agradáveis e propícias. As palavras, no cotidiano das informalidades, acontecem na acentuada reflexão. O teor, em conselhos e querelas, verifica-se avaliado e ponderado. A realidade, nas décadas de vivências, ensinou preceito nas relações sociais. O dito-cujo, no desejo do bem querido, obriga-se a “engolir graúdos e muitos sapos”. As pessoas, na dimensão das conveniências e regalias, distorcem afirmações e fatos. As indiscrições, nos avisos pessoais, adotam-se relembradas. O apropriado, na manha dos distintos, versa em falar pouco e escutar muito. O indivíduo, no espírito crítico, avoluma conjugado de veladas antipatias. “Quem diz que pensa, escuta que rejeita”. As escolhas, na discrição, descrevem ciência. Deus, na falta de maldades, cintila atitudes e caminhos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.baudesentimentos.com.br/

História da Escola Municipal Andrade Neves


O educandário, no situado do núcleo colonial do encontro da estrada geral da Boa Vista Fundos/Teutônia/RS – acesso às linhas Catarina, Germana (Fundos) e Boa Vista (Meio), integra biografia de centenas de evadidos e residentes. O ensino-aprendizagem, no decurso das décadas, exteriorizou arrojo e ciência dos habitantes. O registro, na classe de ex-aluno (1966-1972), visa eternizar memória comunitária.
A história, nas ocorrências relevantes, minuta passagens. O preceito de mutirão, na crônica das Memórias de Jacob Lang Filho, edificou módica sala. A paragem, na época Picada Catharina (na conexão dos fundos da Picada Boa Vista), foi colonizada em 1872. Os pioneiros, na nota do Livro da Colonização, foram Jacob Lang, Friedrich Kussler, Adolph Eggers, Jacob Dockhorn, Adam Eckert, Peter Hatje, Heinrich Damann, Claus Damann, Nicolaus Nielsen, Heinrich Hatje, Wilhelm Jung, Mikael Behrs, Heinrich Week, August von Scheren/Schewen... A escolinha, no centro colonial, viu-se edificada no ano de 1874. O colono e morador August von Scheren, na laia de antigo capitão de navio e instruído na língua nata, foi instituído docente.
Os professores, na subsequência, foram August von Scheren (1874-....), Gustav von Grafen (....-....), Heinrich Friedrich Wilhelm Sommer (1909-1917), Heinrich Dreyer (1918-1927), August Krützmann (1928-1930), Reinhold Antoni (1931-1938), Raimundo Brackmann (1939-1940), Werno Dreyer (1941-1942), Helmuth Kilpp (1943-1949), Erno Driemeyer/professor auxiliar (1948-1949), Edgar Wiebusch (1949-1970), Rejane Maria da Silva (1971), Leunira e Renata Morchbacher (1972), Maria Noemi Dietrich Blömker (1973-1985), Maribel Bayer Althaus (1986-2015).
Outras referências, na história, alistam-se no primeiro prédio de madeira e no segundo que foram edificados em pedra de arenito. O construtor, na casta de morador, foi Jacob Kettermann. O educandário viu-se escola particular (1874-1965) e municipal (1966-2015). A administração Elton Klepker/Silvério Lüersen ampliou prédio e investiu em telefonia. A Internet, na onda globalização, adveio em 2005... O ensino, no idioma em português (em avaria do alemão), implantou-se em 1939 (período da nacionalização e perseguição do Estado Novo).
A designação original fora Escola Particular da Linha Catharina (razão de confusão na idêntica na Linha Catarina). A denominação, na nacionalização, mudou para o patrono Andrade Neves (referência ao brasileiro ilustre José Joaquim Andrade Neves – militar e herói da Guerra do Paraguai). A instituição mantenedora, por bons anos, via-se a Sociedade Escolar Evangélica Três de Julho. Os conteúdos, no período de 1874-1936, eram na base dos cálculos (práticos), leitura e escrita.
As disciplinas, em boletim/ano letivo de 1944, incidiam em comportamento, atenção, aplicação, ordem, contas, leitura, português, gramática, civismo, geografia, caligrafia, ortografia, desenho, canto, ginástico e redação. A avaliação, em boletim/1971, era comportamento, aplicação, ordem, linguagem, matemática, estudos sociais, ciências naturais, religião, educação moral e cívica. Os castigos corporais, na força da palmatória, reguada e sovo, foram abolidos na prática educativa na mestra Rejane Maria da Silva (1971).
A escola, no mérito, educou o conjunto dos membros das jovens gerações. Os alunos, nas iniciais décadas, abarrotavam a sala. A realidade, na queda da taxa de natalidade das famílias e migração campo-cidade, ostenta-se exclusiva dezena de colegiais. O evento anual, na máxima expressão, mantém-se no Pinheiro de Natal. Os educandos, na ocasião exclusiva, conseguem reunir o conjunto de residentes (em torna das apresentações teatrais). Segue, na odisseia da linha, gloriosa sina Escola Municipal Andrade Neves.

(Guido LangFragmentos da História Colonial, novembro/2015).

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O excesso de lisura


O inativo, na laia de antigo instrutor, aderiu na atuação e eleição. A pretensão, na vereança, campeou avigorar bancada e cargo. O acomodado cidadão, na ativa campanha, correu distantes linhas e quilíades de habitantes. A empreitada, na divulgação do corpo a corpo, incidiu na estratégia. O apregoado, no exagero da lisura, externou de investir somente no principal. A gasolina e veículo, nos consumos pessoais (bolso), advinham nos exclusivos gastos e emissões. Os afagos, na prática corriqueira e dissimulada compra de representados, viam-se literalmente recusados e rejeitados. O saldo, na totalização dos votantes, viu-se na específica centena. A cancha descreve: O sujeito, na carência dos investimentos na competente imagem e iniciativa, colhe insatisfatórios e parcos resultados. O empreendedor, na dimensão de abranger causas e enveredar iniciativas, necessita “abrir algibeira e engordar espertezas”. O profissional, na extenuação das imprecisões, propagada dúvida e malogro.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.megasom.com.br/

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A bucólica anomalia


Os residentes, no inserido da propriedade, notam bucólica anomalia. A dúvida, em certos dias, arrasta-se no sumiço. As unidades, em galinhas, leite e ovos, conhecem o “chá do submisso”. A observância, na situação das saídas, incorre nas ocorrências. O dissimulado, na pilhagem, acontece nas instalações. Os vizinhos, em distintos amigos e velhos parceiros, acertam em redobrar atenções. A afluência, na série de estranhos ao espaço camponês, adotou voga na linha. A deficiência, na mão de obra, incide na contratação de forasteiros. Algum trapaceiro, na forma de andarilho, semelha incursionar nas paragens. A amizade, na cachorrada, desponta destreza e incide no trato. O ardil, na propositada saída geral, cai em entocar algum familiar. A pessoa, no interno dos abrigos, permaneceria na tocaia. O acaso, nalgum inesperado, aprontará revelado na autoria. Os abonados, nas variadas formas, acabam logrados e supridos nos bens. O juízo, no adentrado, incide dos coloniais ostentar riquezas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.dercio.com.br/

A biografia de Lothário Lang


A História, no chegado das grandes abordagens docentes, ignora a trajetória das pacatas pessoas. As biografias, no comum, passam na deficiência ou indiferença de registro. Os acanhados, no visível anonimato, delineiam epopeia das aldeias. Os modestos, no chão das fábricas e lavouras, afeiçoam edificar cidades, semear campos, resguardar sabedorias...
O historiador, na inquietação da genealogia e memória, procurou refazer o registro da obra e vida de Lothário Lang. O objetivo, no momento, incide em conservar biografia e reminiscência. Os descendentes, no futuro, terão seguramente interesse na narração e procedência. Os registros, no elaborado dos escritos, perpassam épocas e gerações.
Lothário, em 19/04/1927, nasceu dos pais Frederico Carlos Lang (1896-1950) e Paulina Eggers (1896-1933). As manas foram Lídia, Elma, Erna, Herda e Selmira. A geração constituiu quarta prole dos pioneiros (afluídos em 1847). As dificuldades, na velha Prússia e promessa de melhor subsistência, foram causas da evasão da Europa.
Os antepassados, na laia de agricultores, eram imigrantes modestos e ousados. O entusiasmo, no ofício, foi afeição às criações e plantações. A acomodação, na primeira estação, ocorreu na Picada Café/Colônia Alemã de São Leopoldo (1847) e transferência posterior a Picada Catharina/Colônia Teutônia (1872). Ele foi mescla entre prole dos hunsrüche e westfalianos.
Lothário, na idade dos quatro anos, perdeu mãe Paulina. A comoção, diante da desventura, contornou-o a ser livre pensador. O lamento, na ausência qualquer figura/imagem da genitora (foto), estendeu-se pelo cerne das vivências. A Escola Comunitária Andrade Neves, no alemão (1935) e português (1936-1939), ganhou formação. Os professores, na arte de calcular, escrever e ler, foram Reinado Antoni e Raimundo Brackmann.
A aspiração era de cursar medicina. A morte atrapalhou plano. A falta, em chances, conduziu na afeição de agricultor. A área, em quinze hectares (locados na Boa Vista Fundos/Teutônia/RS), cresceu no minifúndio. As culturas, no feijão, forragens, hortaliças, mandioca e soja, foram capitais. As criações, nas aves, bovinos e suínos, foram “ganha pão’’. O domínio, na fixação da Linha Catarina/Teutônia/RS, careceu de empilhar riquezas.
Lothário, na Segunda Grande Guerra (1939-1945), serviu de reservista (na segunda categoria, classe de 1927, no Tiro de Guerra 648 na Vila Teutônia). A mobilização, em 1945, ocorreu na razão de embargar à Itália (desfecho das hostilidades, em maio, tornou dispensável). O Tiro de Guerra conheceu o instrutor e mestre Idílio Vasconcelos (admirado na ciência, finura e manha). A perseguição, na interdição do dialeto do Hunsrück/alemão, fazia-se aferrada aos descendentes teuto-brasileiros.
Lothário, em 09/07/1949, casou com Annilda Strate (filha de Frederico Strate e Erna Jasper). Este, em 21/07/1927, foi batizado pelo reverendo Jonathan Stribel e casado pelo pastor Erich Wilhelm Ziebarth na Comunidade Evangélica Betânia da Boa Vista/Teutônia/RS. Os filhos foram Dario Frederico, Glaci e Guido Lang. O espírito prussiano, no rigor a faina, perpassou nas atividades e crenças.
As duas casas, no primeiro chalé de madeira (1949) e posterior alvenaria (1966), viram-se edificadas na força das economias e faina. Os princípios, no apego à ciência, dedicação, organização e persistência, constituíram guia da existência. A humildade e simplicidade, no cotidiano dos atos, foram modelo nos métodos.
A filiação, no associado, ligou-se as entidades: Cooperativa Regional de Eletrificação Teutônia (Certel), Cooperativa Regional Agropecuária Languiru, Comunidade Evangélica Betânia, Coro de Homens da Boa Vista, Sociedade de Coro Misto de Boa Vista Fundos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Estrela/RS e Teutônia/RS, Associação Esportiva Avante... Lothário, na gestão da Cooperativa Mista Pontes Filho (1959-1963), fora tesoureiro da entidade.
Lothário, na doença (maio/1990), adquiriu Metástase de Câncer Brônquico. O vício, no cigarro, fora causa. O tratamento iniciou no Hospital Ouro Branco/Languiru/Teutônia/RS, Redentor/Canabarro/Teutônia/RS e Pavilhão Pereira Filho/Porto Alegre/RS. O óbito, por Insuficiência Ventilatória Aguda, ocorreu em 24/11/1990 no Hospital Redentor.
O velório, na Boa Vista Fundos/RS, ocorreu na residência. O afluxo, nas despedidas finais, foi do círculo de amigos e residentes. O enterro, no jazigo familiar no Cemitério Evangélico da Comunidade Betânia, ocorreu em 25/11/1990 (fora efetivado pelo ministro Yedo Brandenburg). Os relatos, nos arrojos e manhas, mantêm-se ativos na tradição oral.
O sereno ente, na paz do Senhor, descansa junto à esposa. O amor, na família, liberdade e trabalho, foram razão da existência. O acúmulo, no capital, advinha no plano secundário. As lições, na firmeza dos exemplos e ideias, norteiam os passos da descendência. A semente, no lançado ao solo fértil, produziu majestosos e ricos frutos.

(Guido LangFragmentos da História Colonial, novembro/2015).

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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A serenada passagem


O achaque, no decurso dos meses e semanas, alastrou-se no organismo. Os expedientes, na ciência e técnica, foram aplicados e esquadrinhados. Os cruciais dias tomaram irreversível passagem. A enfermidade, na extensão da idade, assumira adereço do aniquilamento. O médico, no tratamento, profetizou preparos. A morte, no próprio do horário, achegou-se no seio íntimo. O infortúnio, no desejo do descanso e dor da perda, tomou ocorrência. A atmosfera, na afluência dos “enxertos”, filhos e netos, fora instruída e organizada. A tradição, na suave via (doutra dimensão), apregoa quietude. Os presentes, no restrito clube, deveriam sobrevir na calma e silêncio (cortejo). O ente, na extenuação, deveria apresentar-se no plácido sono e suavizada viagem. Os chamamentos, no desejo da sobrevida (em horas/dias), adviriam na angústia e dor do acamado. A inteligência, na existência, reside em acrescentar tempos. A vida, nas andanças e vivências, advém na fugacidade e validade.
           
Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://acidblacknerd.wordpress.com

domingo, 22 de novembro de 2015

O encravado ouro


O enterrado, no fruto das pilhagens, difundiu-se no meio colonial. O afamado atacante, na propriedade do genitor (no incrustado da linha), teria abrigado polpudo fruto. O insolente malandro, na ação das agências e lojas, teria surrupiado expressivas somas. O dinheiro, no receio do confisco, advinha em compras de peças em joias e ouro. Os metais, no informado das suspeitas, mantêm-se no provável encravado e resguardado da terra. O exteriorizado, nas alocuções informais, alardeou-se no parco tempo das localidades. Os vizinhos, em surdina, redobraram olhares e vigias. Os caçadores, no argumento da apreensão de presas, aventaram de esquadrinhar ambientes. Os cortadores, na colheita das brenhas, versaram em revirar seixos. Os madeireiros, na desculpa de comprar toras (eucalipto), incursionaram em aclives... A averiguação, no dissimulado, insidia no desejo de vislumbrar sorte. As pessoas, no conto da riqueza fácil, nutrem fantasias e prestam-se aos burlescos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sábado, 21 de novembro de 2015

O especial preparado


O ancião, na condição de outrora afamado e forte negociante, sobrevinha na saúde férrea. A vida, nas consecutivas décadas, transcorreu na ausência das agonias e moléstias. Os remédios, no histórico da essência, incorreram na feliz abstinência e rejeição. Os clínicos e laboratórios, nas absurdas exigências dos serviços, incidiram no estrago e ignorado. Os achegados, no banal dos hábitos do dito-cujo, ressaltaram os segredos da animação e energia. A caminhada e a paciência, no diário das vivências, consistiam em excitação constante. O enigma, na instrução dos antigos, sucedia no especial preparado. O sal amargo, no volume de capuchino, incidia no consumo matinal (no jejum). O objetivo, na diária e fácil defecação, calhava na longevidade e vida saudável. O exercício, na doação do Senhor, proporcionou suplemento em dias. Os resultados profícuos, nas singelas atitudes, convêm adotar no modelo. A pessoa, nos hábitos saudáveis, precisa advir no principal e próprio clínico.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://setorsaude.com.br/

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A exótica expressão


O morador, no meio das colônias, advinha na ciência dos comércios. Os escambos, em trocas e vendas, aconteciam no unido dos animais. As andanças, na extensão dos expressados de compras e vendas, caíam nas frequências dos domínios. A profissão, na classe de marchante, adquiriu ânimo e anseio. O segredo, no comum, advinha em adquirir na baixa soma e revender no altivo valor. O fulano, nas localidades, viu-se largamente badalado e impopular. O principal, na cilada, advinha no interesse dos “enforcados na grana”. O indivíduo, na real, comprava na miséria e vendia no absurdo. O saldo, no lucro, advinha na razão das supressões dos donos. O sujeito, na intermediação, nutria aguçadas ofertas e receitas. As orações, no silêncio das manhãs e noites, incluíam exótica expressão. O Criador, no surrupiar do suor, incidia no agradecimento e petição. Os asnos e otários, no dom, deveriam perpetuar-se no amplo mundo. O Criador, na grandeza de espírito, bendiz tanto os corretos como injustos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://vespeiro.com/

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A incômoda nota


O motorista, na maluca manobra, encosta no alheio veículo. A porta, no amassado, advém na avaria e dispêndio. O condutor, na jovem senhora moça, implora acerto amigável e lógico. A boa conversa, no dó ao desatento, dispensa ocorrência policial. O estrago, na reparação do dano, acertaria na efetivação de três orçamentos. O ajustado, no danificado, foi efetuado nas mecânicas. O telefonema, no comunicado do ajuizado, adveio na incômoda nota. O responsável, na inadimplência do acertado, externou de procurar “seus direitos”. A cobertura, em juízo, adviria no processo da Justiça. A cidadã, na raiva, precisou prantear no acobertado do marido. As poupanças, no economizado das férias, precisaram ser dispendidas no reparo. A realidade, na fraqueza das provas, externa combinados financeiros. Os ditos-cujos, na imagem de argutos e maus encarados, desvencilham-se dos ponderados. A piedade, em circunstâncias, sobrevém em altivos danos e remorsos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://maikonrios.blogspot.com.br/

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O intencional esquecimento


A família, em modestos filhos das colônias, incidia nas dificuldades de sustento. A agricultura minifundiária de subsistência, na singela propriedade no aclive, ajustava baixos ganhos. As sobras, na mão dos atravessadores, caíam contadas nos centavos. Os filhos (na dezena), nas lidas, labutaram pesado na força do braço. As criações e cultivos, na obtenção de frutos, caíam nos apurados cuidados e organizações. Um único rebento, no fácil da aprendizagem, auferiu chance de seguir nos estudos. O Direito, na universidade, absorveu os dividendos do unido da família. O ajustado, na infância, consistia em amparar os demais (na dimensão do progresso e sucesso). O fato, nas décadas consecutivas, revelou o controverso. O advogado, nas ocasiões, valeu-se da ingenuidade (na razão de auferir vantagens). Os manos, no inventário, acabaram logrados. As pessoas, no item dinheiro, advêm no intencional esquecimento. Os discutidos, na extensão dos encargos, acabam descumpridos e ignorados.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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Imagem meramente ilustrativa.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O escambo dos ancestrais


Os pioneiros, nos primórdios da instalação, advinham no problema do acesso aos mercados. O árduo trabalho, na devastação da selva, constituiu-se na instalação da agricultura minifundiária de subsistência. O fértil solo, na sucessão das safras, formou as farturas. As famílias, nas criações das relações sociais, advieram no ativo escambo. A amostra, em síntese, agia nos conformes. O beltrano, no bom solo, auferia na abastança da batata. O fulano, na banana, colhia usuais safras. O sicrano, nas criações, extraía fartas banhas... As partes, no entremeado das alianças e consanguíneos, trataram de improvisar trocas. As estirpes, na falta do poder de compra, supriam artigos básicos ao sustento. Um residente, nas sobras, tratava de dar ao outro e, as carências, angariar na permuta. A abastança, na base do aipim, arroz, batata, carnes, feijão e salada, insidia no unido das moradas. O paliativo, no problema dos transportes, caía na mercearia indireta. As precisões, na astúcia, cunham as invenções.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A restrição dos dados


O enlutado, na entrada frontal, afixou aviso. O bilhete, no breve avisado, proferia a dor do luto. A mãe, na progredida idade, tinha fenecido. O funeral, no endereço tal, achara-se no decurso. A falta, na extensão das parcas horas, caía no seio da morada. Os ladrões, na comunicação distinta, valeram-se da infelicidade da ocasião. O saque, na estação, tratou de esvaziar pertences e recintos. A teatral mudança, na garantia do locatário, parecia delinear ocorrência. A realidade, na pilhagem, retrata a atrocidade humana. Os achegados, nalgum conchavado informante, versaram em repassar elementos. A situação, no contexto social, reflete decência das convivências. As informações, na dimensão do divulgado, consentem transgressões. Os amargos, nos múltiplos meios, incorrem na restrição dos documentos. As pessoas, nas cartas, compras, embalagens e extratos, externam gostos e somas. Os dados, na simples conferência, amparam bandidagem. As precauções marcam astúcia e caução.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://portaltanacidade.com/

domingo, 15 de novembro de 2015

A querela dos engenhos


O ancião, na vivencia das confluências das etnias (açoriana, alemã e italiana), relatou diferença de criações. A banha, no período da ausência dos azeites e manteigas, assumia expressivo uso e valor. Os povoadores, no engenho dos suínos, calhavam dimensão das propriedades. Os criadores, no latino e nativo, persistiam na soltura. Os animais, em banhados e currais, eram criados e tratados. A comida era contida nos cercados. Os enxeridos, entre alemães e italianos, elaboravam os cozidos. A lavagem, no preparo e tratado, auferia costume. Os abrigos completavam redução de chão. Os estragos, na soltura, admitiam menor acuidade. Os iniciais, na razão de digerir vegetação aérea, acresciam anéis nos focinhos.  As batatas, na comilança, estreavam na rama. As reviradas, no chão, aconteciam posteriores. A diferença, em gerações, inscreve ares de anedota e bisbilhotice. As mutações, em parcas décadas, foram revolucionárias nas metodologias. A eficácia, na operosidade, apresenta abastança alimentar.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://carlosbritto.ne10.uol.com.br/

sábado, 14 de novembro de 2015

As indigestas visitas


A família, no ambiente da propriedade, sobrevém na massiva especificação. A criação, em porcos, incorre na série de melhorias e produções. As arrumações, no interno das edificações, assumem ares de linha de produção (em carnes). As burocracias, na legislação, incidem em consecutivas exigências e implantações. O prédio, no componente dos estrumes e extenuações, incide em edificações exclusivas. O problema, na propagação dos cheiros, advém em indigestas visitas. As mortes, no bem retido dos finados (leitões), exalam odores. Os invasores, na andança noturna, afluem das longínquas paragens. Os cães, em romaria, acorrem e ousam no espaço. O objetivo, na dor da fome, consiste em digerir os extermínios. Os residentes, na estadia e guarda das instalações, temem próprio pátio. As bestas, no instinto de guarás, calham enjoados e irritados. Os empreendedores, nos iniciais cochilos, sobrevêm em ativos sócios. Os enfadonhos avultam em quaisquer ambientes e negócios.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O fundo quintal


A crise, na escalada dos preços, castiga os padecidos assalariados. O ordenado, na licenciosa carga (tributária) e desconto, encolhe no diário dos gastos. Os preços, no achaque da economia (inflação), aumentam no bolso. Os volumes encolhem nas trocas. A beltrana, na laia de profissional da faxina, colocou mente a laborar na renda. O solo, nos parcos metros (fundo de quintal), ganhou faxina e proveito. A tarefa, na adubação, aterro e limpeza, tomaram encargo e tempo. As plantações, em chás, legumes e temperos, acorreram na proporção das mudas e sementes. Os itens frescos, em parcos dias, acresceram consumo. A empreitada, em cuidados e encargos, assumiu distração em mexer no chão. Os frutos, em jardinagem, serviram de inspiração aos imitantes. As precisões, na carestia, incentivam atitude ativa. A mão e mente, no ajustado arranjo, processam maravilhas (em meios antes adversos). As chances, no arrojado e funcional, ocultam-se nos espaços da esquina.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://mulher.uol.com.br/

O cemitério velho da Picada Capivara


A Picada Capivara/Colônia Teutônia/Estrela/RS, nos primórdios da colonização (1858-1908), teve instalado campo-santo. O idêntico, nas cercanias da escola comunitária, ocorreu na Picada Catharina (atual Linha Boa Vista Fundos/Teutônia/RS). O local, próximo à casa comercial de Ernst Hetzel (na estrada Linhas Boa Vista - Catarina), apareceu indicado a dedo.
A extensão, no presente, revela-se adotada pelo aturado cerrado. A floresta, na mata rejuvenescida pluvial subtropical, retomou lugar original. Os resquícios, em obeliscos e pedras, ostentam-se testemunha das vivências dos pioneiros. A desativação, na junção provável das Comunidades da Boa Vista, Capivara e Catarina (parcial), adveio na constituição da Comunidade Evangélica Bethânia (Boa Vista/Teutônia/RS). Os ministros leigos, na expressão de Gustav von Grafen e Heinrich Beckmann, atendiam estirpes abrigadas nas paragens.
A inspeção, no ocasionado pela curiosidade, inspirou a pesquisa. Os enterrados, na compressão particular, mereceriam registros nas genealogias. Os entes, em função da consideração comunitária, mereceriam uma referência na saga da colonização. O enigma, no parcial, viu-se resolvido na consulta aos registros de falecimentos. 
O Livro de Falecimentos da Comunidade Evangélica Bethânia, nos apontamentos de Heinrich Beckmann, consta: Número 12 – Johannes Rasche, nascido em 24/06/1896 e falecido em 27/07/1896 na Picada Capivara, testemunhas foram os pais (Jacob Rasche e Lina Hatje), enterro efetivado pelo pastor e professor Heinrich Beckmann em 29/07/1896, causa da morte foi dispepsia (má digestão ou doença provável dela). Número 18 – Hannibal da Silva, nascido em 05/07/1896 e falecido em 09/07/1896, na Picada Capivara, testemunhas foram os pais (Antônio Vasco da Silva e Karolina Maria da Silva), enterro realizado por Beckmann em 10/08/1896.  Número 64 – Heinrich Brugmann, profissão marceneiro, nascido em março de 1841 em Kiel, falecido em 30/10/1904 na Picada Capivara, testemunha do falecimento foi Claus Damann, carece de nome dos pais, enterro realizado pelo pastor Beckmann em 31/10/1904. Número 65 – Jacok Johann Rasche, profissão colono, nascido em 05/01/1865 em Feliz/RS, falecido em 30/10/1904, na Capivara, pais foram Theodor Rasche e Maria May, enterro concretizado em 31/10/1904 por Beckmann. Número 67 – Heinrich Hetzel, nascido em 11/08/1905 e falecido em 12/08/1905 na Picada Capivara, testemunhas do falecimento foram os pais (Ernst Hetzel e Petersine Heinrichsen), enterro realizado em 14/08/1905 por Beckmann. Número 84  – Alma Jasper, nascida em 03/10/1906 e falecida em 05/09/1907 na Picada Capivara, testemunhas foram os pais (Wilhelm Jasper e Auguste Brandenburg), enterro realizado por Beckmann em 07/09/1907. Número 86 – Klara von Grol, nascida em 20/04/1907 e falecido em 07/04/1908 na Capivara, testemunhas do falecimento foram os pais (Heinrich Friedrich von Grol e Lina Hatje), enterro realizado por Beckmann em 08/04/1908. Número 87- Amanda Baumgardt, nascida em 23/07/1902 e falecida em 15/08/1908 na Capivara, causa da morte: sarampo, testemunhas foram os pais (Karl Baumgardt e Karolina Dhein), enterro realizado por Beckmann em 16/08/1908...
A relação, no registro de Beckmann, conclui com o funeral de Amanda. O cemitério, no possível, vê-se desativado. A desativação, no admissível, tenha ocorrido na morte do pastor e professor Heinrich Beckmann. O ministro formado Karl Sick, na Comunidade Evangélica Bethânia, careceu de obrar na necrópole. Os parentes, na dimensão dos fenecidos, foram relegando cemitério. A vegetação, no vivo aumento, foi reocupando ambiente. Outros falecidos, na precisão de exame das crônicas comunitárias, primam pelas lembranças.

(Guido Lang, O Informativo de Teutônia n/ 129, dia 05/02/1992, pág. 02. Texto reescrito).

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O módico empréstimo


A senhora moça, no legado familiar, perpassou no troco. O imóvel, na casa e terreno (progenitores), acabou negociado na elevada soma. O dinheiro, na ilusão do expressivo saldo, adveio no alívio e fartura da carteira. As gastanças, em festanças, tomaram vulto em família. As lojas, na farta roupa, granjearam aquisições. Os investimentos, em carro, absorveram capital... A amiga, na muito íntima, requereu módico empréstimo. O socorro, na cedência de mês, viu-se recusado. As desculpas acolheram conto. O episódio ficou no guardado. O tempo, em ardentes gastos, diluiu riqueza. As dívidas, no ilusório, assumiram vulto. A amistosa, na ajuda, acabou solicitada no crédito. O indeferimento adveio no minuto. O taxativo, na negação, ocorreu na lembrança. A história educa: As situações, nas agitações da economia, alternam fortunas e tendências. Os estranhos, nas desventuras, auferem em básicos socorros. Os impróprios amigos, na bonança, externam apego e valor.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A velha lataria


O colega, na laia de empregado, andava no carro velho. O acanhado fusca, no curto curso das idas e vindas, enchia as precisões dos deslocamentos. O estacionamento, na frontal do prédio, caía no espaço e horário do expediente público. A ocorrência, na certa manobra, acorreu no xingamento da colega. O mau humor, na hora, conduziu ao comento. O carro novo, na saída, viu problema. A fala mal, na raiva, consistiu: “Tira daqui essa velha lataria!”. O proprietário, na instrução e resignação, relevou teatral indiferença. A briga e intriga, no local dos convívios e fainas, sobrevêm na chateação e irreflexão. A artífice, na ação, caiu na amnésia. O tempo decorreu na agitação e pressa. A cuja, no sensato tempo, adveio no arrojo e precisão. A obrigação, nas cotas do veículo, exigiam crédito e suprimento financeiro. O amigo, no esquecimento, viu-se requerido. O pedido, no instante, lembrou-se do ocorrido. A recusa caiu no instante. “O sujeito externa agravas, esquece ato; a pessoa ultrajada espera ocasião”.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

A casa cheia



A família, na gama de amistosos e parentes, caía na casa cheia. O pessoal, na chácara, coexistia apinhado no ambiente. As gentes, dentre cunhados, enteados, noras e sobrinhos, afluíam na ardência. Os feriadões, no sítio fresco e limpo, caíam nas fugidas e saídas urbanas. As arrumações, no lugar, caíam no dispêndio dos hóspedes. O repouso, na comilança e folia, traduzia ares de hotel. As despesas, na carga e faina, incidiam no igual dos senhores. A ocasião, no acréscimo dos “enxertos”, foi avultando amigos. Os passeios, no corriqueiro e meteórico, entraram na canseira e náusea. O casal, em excessos, entrou nas restrições. As visitas, no sútil, acabaram oneradas. Os ônus, em consumos, foram divididos. Os muitos amigos, no abre mão, incorreram no sumiço. Os encargos, na divisão, diminuem afeições e obséquios. As gentilezas e mimos, na regalia, assentam e reúnem os idênticos. Os encargos, na requisição, afugentam e distanciam próximos. O dinheiro, nos humanos, norteia jeitos e ligações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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Imagem meramente ilustrativa.


A saga do Arroio Vermelho

O riacho, no fluxo da linha da Boa Vista Fundos/Teutônia/RS, delineia andanças e narrações. O trajeto, em beirados seis quilômetros de extensão, inicia nas encostas dos Morros da Bela Vista e Catarina. A água, em baixadas e nascentes, brota confortante no meio das matas e roças. As propriedades, na direção leste - oeste, viram-se instituídas na ascensão das demarcações nos primórdios da conquista (1858 a 1872). A animália, na criação e fauna, acerta no acesso ao indispensável e precioso fluido. A mão humana, no parco tempo da instalação (lotes), instituíra modificações no panorama da selva pluvial subtropical.
Os cardumes, nas poças d’água, faziam contínua alegria e folia dos residentes. Os habitantes, em inventados banhistas e pescadores, visitavam beiras e canal. A gurizada, no sabor das folgas, esquadrinhava os filetes e reservatórios do regato. Os espaços aprofundados, em cacimbas, eram abundantes e variados em espécies. Os apreciadores, em exóticas carnes, trataram de contrair os graúdos entes. Os relatos, na mostra exagerada das mãos, caem de unidades de beirados de quilos. A história de quem conta um conto aumenta um ponto. Os balneários, em dias infernais de calor, faziam alacridades e brincadeiras das meninadas.
As espécies, em protótipos de cascudos, joaninhas, lambaris, jundiás e muçuns, advinham no exacerbado cômputo. O ambiente característico, em máximo volume, incidia na ponte da estrada geral. Os arranjados pescadores, nos lugares exclusivos, conheciam os espaços das coletas.  Alguns, em balaios e sacos, ensejavam parciais arrastões. A natureza, na amplitude dos nutrientes, tratava no escasso tempo de recompor populações. Os açudes, no alastrado das propriedades, trataram de introduzir carpas, prateadas e traíras. Os aguaceiros, na egressão das águas, faziam unidades safar-se das barragens e represas.
A modernidade, no advento da colocação de saibro (na estrada de chão batido) e uso desenfreado de agrotóxicos nas lavouras, minaram abastança e variedade. As antigas banais poças, no leito, acabaram aterradas e suprimidas. Os viveiros, nos difundidos aquários, advieram em pérolas. As águas, na descida dos cerros, incidem poluídas em tóxicos e urinas. Os parcos peixes, em especiais cascudos e lambaris, descrevem nostalgias dos tempos de antigamente. As tecnologias, na larga produção no ativo das diminutas áreas dos domínios, advêm na danificação. Os rejuvenescidos, nas beiradas, incidem em matagal e silvicultura.
O curso, no epílogo das trompas d’água dos aclives, descreve histórias de enchentes. O leito maior, em minutos, apresenta acentuados volumes e submergem margens. Os amontoados, em folhas, galhos e madeiras, tomam direção do Arroio Boa Vista (afluente do Rio Taquari). A fúria, na semelhança de decurso de rio, faz reocupar aterrado leito. O avermelhado, na coloração das águas, dá origem ao título. O curioso, no conjunto dos solos de massapê, flui na bizarra tonalidade. A fragrância, na massiva putrefação (dejetos vegetais), oferecia alcunha de Arroio Fedorento. A ocorrência, na baixa vazão, advém na seca de verão.
O patrimônio ambiental, no anexo do pacato lugarejo, seguirá alistando pitorescos contos. Arroio Vermelho, no decurso do tempo, segue famosa sina entre regatos. A consciência humana, no unido das gentes, redimensionará desventuras e reavaliará valor.

(Fonte: Guido Lang, novembro/2015, observação: residente nas cercanias).

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A hábil saída


O habitante, na qualidade de morador urbano-rural, processou determinados cultivos. O solo, na chácara, caía no desuso. O objetivo, na escalada dos preços, havia em diminuir custos na nutrição. O alimento, no trato animal e humano, sucedia na elevada demanda. As culturas, no molde da abóbora, aipim, banana, batata e frutas, fluíam no mérito da plantação. As dificuldades, na demasia das chuvas e inverno tardio, ocorriam no alcance da rama. As mudas, na certa variedade de batata, calhavam na inexistência. O chacareiro, no círculo de amigos e vizinhos, inqueriu da arrumação. A variedade, no elegido, fazia-se indisponível. O conhecido, no versado lavrador, aconselhou na fácil e hábil obtenção. A sugestão consistiu em: “Busque comprar alguma unidade e aloque no chão. Os ramos, no curto tempo, advirão no disponível ao cultivo”. O artifício, no contíguo tempo, transcorreu na ação. Os colonos, na linha do próprio entendimento, conferem-se ardilosos e especialistas no ofício.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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domingo, 8 de novembro de 2015

A irrealizável pretensão


O filho das colônias, descendente da quarta geração dos pioneiros, nutria anseio e imaginação. O sonho, em oitenta anos de essência, careceu da ação e execução. O propósito, nalguma linha, havia na junção das linhagens. O encontro, na reunião de família, viria no desígnio de nobilitar biografia familiar e sublimar soberba do sobrenome. A morte, em certa época, achegou-se na desgraça e lamento. Os filhos, nos intentos do falecido, enveredaram na atuação e realização. O trio de filhos, numa soma de quinze (total), promoveu reunião festiva. A ocorrência, no tradicional, incidiu no acolhimento, colóquio, meditação, almoço e dança. As descendências, no advindo das longínquas paragens, acorreram no ajuntamento e confraternização. A bandinha e foguetório, no clássico dos antigos, assinalaram passagem e reminiscência. As famílias, na ideação das memórias e nomes, louvam desbravadores e feitas. Os rebentos, na missão, advêm na obrigação do impossível dos progenitores.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sábado, 7 de novembro de 2015

A clemência no sacrifício


A idosa senhora, nos setenta anos, advinha na canseira e enjoo. A descendência, na luta da supervivência, continha parca paciência e tempo. Filha, genro e esposo anteciparam na morte. A moléstia, na solidão, pintava contínuo ônus. A longa vida, no enigma da extinção, mostrou-se delongada e sofrida. As lembranças, na prática usual da memória rural dos antigos, adotaram repetida lembrança. Os animais, na impraticável recuperação (em caso extremo de achaque ou ferido), caíam no dó do sacrifício. A clemência, no alívio da agonia e desdita, aconteciam na obra do detentor. A ascendência, em modelos, deparou-se em assemelhados holocaustos. A anciã, no silêncio da aurora, materializou igual extermínio. A dolente história ansiava regresso às origens primárias (no unido aos finados). O óbito, na causa mortis, atestou depressão. A agente, na praxe dos suicidas, careceu dos anotados. O chamado, no íntimo, impeliu ao ardil. Os vivos, na dor e reverência, comentam e pensam na inimaginável força.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O primeiro comento

Porto Alegre vista do Everest Hotel. Foto: Gilberto Simon

Os vizinhos, na condição de filhos das colônias, fluíam no contínuo da cidade grande. Os negócios, na sobrevivência, sobrevêm no trabalho assalariado. Os empregos, no serviço burocrático e transporte de cargas, constituem-se os ofícios. O transportador, na entrega no certo supermercado, reencontra conhecido (na ampla e distante paragem). A casualidade, nas compras e entregas, consentiu incidência. As breves expressões, na conjuntura da mútua pressa, assumiram consideração. O motorista, no primeiro ato (ao regresso da residência junto aos pais), tratou de explanar caso. A tamanha admiração, no conjunto de milhares de semelhantes, merecia atenção e menção peculiar. As notícias, no amplo e encurtado mundo, circulam apressadas e intensas. As pessoas, nas facilidades de locomoção, afeiçoam bater pernas (em veículos). Alguns, na evasão da lavoura, residem no interior e ralam nas cidades. O saudável advém em saber conversar com todo tipo de pares.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A cota diária


O instrutor, no amor da leitura, encarou curiosidade e desafio. O livro, na seleção a dedo, mostrou-se obra de estudo e mérito. O utilitário, no exame, incide em instruir-se com terceiros. O volume, no total de novecentas páginas, incorreu no desafio da degustação. O material, na dimensão, assusta apreciadores no número e tempo. O sujeito, no calejado na arte das escritas, rala na manha da astúcia. Os dias, nas sequências, estabelecem leitura de exclusivo capítulo. A dedicação e disposição, no andamento, acham-se destinados à missão. A tarefa, no tópico (diário), avança firme e rápida. A admiração, na evolução da tarefa, acontece na quantia de páginas. A pessoa, na cota habitual do pouco, edifica obra insonhável. O autor, na vida, mostra-se capaz de arquitetar pirâmide. O encargo calha na ajustada disciplina e inclinação. A pessoa, no ofício terreno, necessita perpetrar sua parte. Os distintos carecem de fazer, advém no peso da consciência. Os empenhos, nas prestezas, removem cerros e matas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os empilhados registros


O escritor, na feira dos livros, manteve-se atento e observador. A paixão, em obras, adveio na análise e avaliação. A experiência, nas muitas feiras, aferiu conduta do público. As pessoas, na arte do celular, reúnem primazia das atenções e inquietações. As facilidades, nas consultas do instantâneo (internet), relegam no acessório as publicações. Os livros, na apreciação e leitura, caem no empenho dos estudados e seletos. Os incomuns, na distração da apropriada e interessante publicação, cultivam ciência e tempo. As pessoas, no comum, dão-se ilusório tempo no vislumbre dos títulos. Os sebos, no livro do baixo custo e usado, convergem no sentido da morte ou mudança. A família, na biblioteca, quer ver-se livre do material ou o dono perdeu interesse nos escritos. Numerosos entes, na alongada vivência, perpassam em jamais terem lido produção. Livreiros, em hábeis feirantes, convivem na falha da apreciação da leitura. Os livros, na assimilação e venda, são o ofício de aferrados e atrevidos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

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