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segunda-feira, 27 de julho de 2015

O presságio do vento norte


O agricultor, na alvorada, saiu da aquecida e confortável cama. O animalejo, nas criações, requeria cuidado e trato. O rural, na habitual astúcia, investigou as condições da meteorologia. A vegetação, no clássico e fácil reparo (folhas dos jerivás), descrevia insólito vento norte. O calor, na invernia, constatava-se atípico e impróprio. A esperteza, na ciência do ofício, advinha em antecipar obrigações e ocupações. A pastagem e silagem, na agilidade e aptidão, foram angariadas e guardadas. As madeiras, no fogão campeiro, foram abrigadas e empregadas. Os caminhos, nos desvios da via de roça, foram avigorados e reparados... O fato, nos porvindouros humores de São Pedro, anunciava chuvarada e reclusão. A realidade, em vinte e quatro horas, abonou antevisão e presságio. O Clima Pluvial Subtropical, no Hemisfério Sul, verifica-se ambiente das afluências e passagens. Os naturais, na inteligência dos ancestrais, sabem da envelhecida senha: “Vento norte sinaliza chuva na porta”.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://ciadaspalmeiras.com.br/