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domingo, 4 de outubro de 2015

A antiga alegoria


A meteorologia, na alternância das estações (inverno-primavera), caía no exagero das chuvas. Os ambientes, nos torós, advinham no mofo e umidade. As pluviosidades, em parcas horas, suplantaram as centenas (milímetros). Os “humores de São Pedro”, no apregoado das formigas, agradavam gregos e execravam troianos. A família, no fincado habitual (domínio e linha), norteou-se na manha dos antigos. Os afazeres, no começo dos plantios, apareciam acrescidos e fartos. A saída, na adversidade, versou em acautelar-se nas estações. As tarefas, na tambo e trato, caíam no ativo e cuidado. O lavado, nos frequentes aguaceiros, umedecia corpos e trajes. Os residentes, no apregoado dos velhos, versaram em aguardar melhoras. Os coloniais, na memória dos estrelenses (Estrela/RS), imitaram na lenda do usual. A espera, no compasso do aguardo das alterações, ocorreu na acolhida dos abrigos. A saída, no imutável, incide na calma e inteligência. O funcional, no camponês, ajusta-se as estações e situações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-cruz-na-parte-superior-da-montanha-image22964162