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sábado, 18 de julho de 2015

O abjeto paliativo


O sujeito, na “cantada” da filha, carecia da folga e tempo. A persistência, no abuso e continuado, assumiu feição de afronta e lorota. A menina, na ausência do gosto e negócio, queixou-se ao pai. O caboclo, no ardil e perito das ervas, recorreu ao fecho e remédio. O mate, na pedida, auferiu atração e corpo. O dito cujo, no arrojo do genitor, achava “rolar chamego”. O teor, na inclusão da infusão, caiu na planta. As duas folhas, no afamado umbu, foram acrescidas. O cozido, na anomalia diurética, caiu no efeito e suprimento. O resultado, nas iniciais cuias, produziu alagação e desespero. As tripas, no ligeiro, pareciam exceder nas funções. A ocasião, no proposital entravado sanitário, viu-se breve. As precisões, na indigesta diarreia, findaram aliviadas na vestimenta. O tipo, no definido, sumiu do sítio. O colírio, no infame paliativo, virou alusão e conto. As elegâncias, no excessivo, ocultam segundas intenções. As pessoas, em ocasiões, soem-se atrozes. O sujeito colhe aquilo que planta.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.umpedeque.com.br/