Translate

segunda-feira, 30 de julho de 2012

DINHEIRO


"Não gaste o teu precioso dinheiro, ganho através de bastante sacrifício, com supérfluos."

Annilda Strate Lang (24/09/1927 - 27/06/2007)
Agricultora e descendente dos empreendedores da Colônia Teutônia/RS

Crédito da imagem: http://www.blogodorium.com.br/simpatias-para-ganhar-muito-dinheiro/






HONESTIDADE




"A mão do correto e do justo perpassa a Terra."

Lotário Lang (19/04/1927 - 24/11/1990)
Agricultor e descendente dos empreendedores da Colônia Teutônia/RS


Crédito da imagem: http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=5272
A QUALIDADE DE UM LIVRO

"Um livro para ser bom tem de ser útil as pessoas."


Lotário Lang (19/04/1927 - 24/11/1990)
Agricultor e descendente dos empreendedores da Colônia Teutônia/RS

Crédito da imagem: http://www.clipartsdahora.com.br/cliparts_path/3537/livro_aberto_03/
O DOM DA VIDA


"Além da sorte de ater-se, desde tempos primordiais, a uma linha evolucionária privilegiada, você foi extremamente – ou melhor, milagrosamente – afortunado em sua ancestralidade pessoal. Considere o fato de que, por 3,8 bilhões de anos, um período maior que a idade das montanhas, rios e oceanos da Terra, cada um dos seus ancestrais por parte de pai e mãe foi suficientemente atraente para encontrar um parceiro, suficientemente saudável para se reproduzir e suficientemente abençoado pelo destino e pelas circunstâncias para viver o tempo necessário para isso. Nenhum de seus ancestrais foi esmagado, devorado, afogado, morto de fome, encalhado, aprisionado, ferido ou desviado de qualquer outra maneira da missão de fornecer uma carga minúscula de material genético ao parceiro certo, no momento certo, a fim de perpetuar a única sequência possível de combinações hereditárias capaz de resultar – enfim, espantosamente e por um breve tempo – em você."

Bill Bryson


Crédito da imagem: http://dinamicaterrestre12h.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html

"A Pérola das Colônias Alemãs"


O período da colonização alemã, entre 1846-1870, viveu um momento de expansão acentuada, que relacionou-se à criação de inúmeras colônias particulares. Uns especuladores imobiliários procuraram ganhar vultosas somas, quando adquiriram terras devolutas para torná-las áreas colonizáveis. Os negociantes, no máximo, organizaram algumas trilhas de mato, empreendiam mediações aproximadas e iniciaram a comercialização dos lotes. Os colonos, na medida da necessidade de terras aráveis, afluíram, quando precisavam lançar a infraestrutura básica para assegurar o desenvolvimento econômico-social. A Colônia Teutônia incluiu-se nesta negociata particular, quando Carlos Schilling, acrescido de alguns sócios e idealizadores do projeto, lançou as bases do empreendimento teutoniense.
Os empreendimentos de colonização particular tornaram-se uma realidade comum, quando criou-se colônias como Bom Princípio, Forromeco, Escadinhas, Caí, Montenegro, Pareci, Santa Maria da Soledade, Maratá, Brochier, Conventos, Estrela, Mariante, Conventos Vermelhos, Venâncio Aires, Teutônia, etc. Todas as iniciativas depararam-se com sérias carências e dificuldades de moradores, que costumeiramente defrontam-se com o abandono, distância, doenças, feras, selvagens... Os colonos germânicos precisaram derrubar árvores centenárias, extinguir répteis, improvisar estradas, manter a sobrevivência... Várias colônias levaram anos ou decênios, quando passaram a ostentar alguma dignidade de vida e produzir os primeiros excedentes agrícolas. Inúmeras áreas pouquíssimo contribuíram para o pleno êxito do empreendimento agrícola, porque o solo, predominantemente arenoso ou terra roxa, cedo perdeu a camada de húmus. Os colonizadores, após a derrubada da vegetação original, fizeram massivas coivaras ou queimadas, que consumiu, em boa dose, o húmus da decomposição da matéria orgânica e prejudicou sensivelmente os micro-organismos do solo. Os cuidados de conservação, através de curvas de nível ou culturas permanentes, pareciam ignorados em solos temperados, quando a água encarregou-se de levar o limo. Contribui-se, desta forma, para destruir a maior riqueza dos colonos, que é a própria fertilidade do solo.
Os teutonienses procederam de modo semelhante no trato da terra. Encontraram, em muitas áreas, uma realidade diferente, que relacionou-se à existência de uma ampla camada argilosa, que, noutras colônias constituía-se muito frágil e susceptível à destruição. Esta fertilidade estendeu-se sobretudo ao longo do Arroio Boa Vista. Este possui um vale fértil, que aproveitou-se intensamente para explorar a agricultura minifundiária de subsistência. Cultivou, durante decênios, a terra preta, que não parecia ceder ao esgotamento. As lavouras multiplicaram-se com cereais, pastagens e tubérculos, que possibilitou alimentar animais domésticos e moradores. As carências cedo cederam espaço a fartura.
A Colônia Teutônia tornou-se celeiro de produção alimentar, quando comercializara e desperdiçara (com a carência de mercado) ampla quantidade de banha, carnes, cereais, frutas, nata, ovos... As mercadorias comercializáveis seguiam, através de carretas, carroças e montarias, em direção aos portos fluviais de Bom Retiro do Sul, Estrela e Taquari. O governo provincial colhia vultuosos frutos com a colonização teutoniense, quando não tinha despendido maiores recursos em investimentos. Teutônia, em decorrência, passara a ser um modelo de iniciativa privada de colonização, no qual os moradores tiveram a capacidade e ousadia de encontrar alternativas e soluções para as suas dificuldades e obstáculos.
Os moradores procuraram assegurar a manutenção de estradas, criaram escolas comunitárias, edificaram comunidades religiosas, estabeleceram cemitérios, organizaram sociedades de canto... A população atingira um desenvolvimento cultural e econômico, que tornara-se um protótipo de organização comunitária. O êxito e progresso alcançado deu margem a um majestoso título, que divulgou-se na linguagem administrativa. Esta denominação consistiu na "Pérola das Colônias Alemãs" da província, porque era uma comunidade, de estilo de vida europeu, em meio aos trópicos, quando convivia-se numa prática com tamanho analfabetismo, carências, desleixos, concentração de renda...
Teutônia, na atualidade como no passado, segue sua caminhada histórica, no qual procura as alternativas e soluções em meio a sua organização comunal e laboriosa. Segue rumo, com auxílio da autonomia político-administrativa, ao melhoramento contínuo da dignidade e qualidade de vida. O município continua como uma pérola no contexto das municipalidades, quando ostenta moradores inovadores. Sabe trilhar os caminhos da autonomia e prosperidade em meio a dura realidade nacional, na qual a burocracia, muitas vezes, mais atrapalha do que acrescenta, e auxilia para edificação da liberdade e melhorias.

Guido Lang
Histórias Coloniais - Parte    10
O Jornal  O Informativo de Teutônia, p. 04
12 de julho de 1995



EDUCAÇÃO

"Se a educação sozinha não pode mudar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda."

Paulo Freire