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domingo, 25 de novembro de 2012

O Pai Nosso!


           
               Uns profissionais cedo reencontram-se nos eventos comunitários. Os jantar bailes, no momento, são os principais eventos nas localidades (junto às programações do esporte amador e encontros de corais). Afluem forasteiros e moradores das diversas e inúmeras comunidades. Verifica-se, na prática, uma espécie de troca de cortesias. As diretorias/sócios visitam as promoções alheias e, na data da local (na sua sociedade), recebem membros das entidades visitadas. Uma forma de intercâmbio e lazer com vistas de ostentar momentos comemorativos e fugir dos ambientes maçantes da rotina. Oportunidade ímpar de rever conhecidos, conversar com gente diversa, angariar dividendos...
            Um advogado, um corredor e um funcionário (policial) reencontraram-se num evento desses. Procurou-se, como velhos conhecidos, rememorar experiências e vivências da infância e adolescência. As conversas, a exemplo, versaram sobre caçadas, invasão de roças (a cata de melancias), pescarias, treinos esportivos, travessuras de bailes, artimanhas escolares... Assuntos e gargalhadas, depois de uns bons anos (sem maiores contatos), não faltaram. As convivências e necessidades, nestes anos todos, tinham ensinado lições aos cidadãos. A migração campo-cidade levara a novos conhecimentos e experiências assim como negócios e profissões.
A conversação, num determinado momento, encaminhara-se a falar do contexto social (das atualidades). Assuntos como bandidagem, oscilações econômicas, político-partidária, violência no trânsito... Dificuldades e problemas, como desafios existenciais, não faltariam no cotidiano da vida (de ninguém). Cada qual explanou histórias e preocupações. O advogado referiu-se aos interesses e incompreensões humanas. O corredor aos aparentes problemas insolúveis nos cortiços e periferias urbanas. O policial da ousadia da bandidagem e confusões de leis. As profissões, nas suas diversas esferas e funções, administravam problemas. A experiência, no cotidiano da convivência, tinha-os transformados “em macacos vacinados diante da astúcia alheia”. As informações privilegiadas, acumuladas ao longo das jornadas, tornara-os excepcionais especialistas/profissionais, portanto, dignos das  melhores renumerações.
Um quarto elemento, modesto agricultor e ouvinte das conversas, mostrou-se bastante inibido e tímido. Ele, como outrora colega de infância, manteve-se firme no grupo. Este, numa altura, explanou sua opinião (na sua tradicional franqueza germânica) diante dos “ditos doutores das universidades”. Procurou, na sua conclusão das conversas, falar: “- Vocês a cada noite precisam rezar um bom e piedoso Pai Nosso! Agradecer ao Todo Poderoso em função de não terminar com as brigas, carências, desperdícios, desavenças, intrigas!... Vivem dos ingênuos e trouxas desde mundo! Uns querem mostrar os seus direitos e recorrem a Justiça. Outros edificam mansões para serem escravos da sua manutenção! Alguns desonestos e malandros precisam de leis e mais leis, porém nada cumprem a contento!”...
Os parceiros arregalaram os olhos e sorriram diante da esdrúxula e franca colocação, porém certeira afirmativa. A aparente bonança advinha da burrice, desorganização, idiotice, malandragem... Um ônus deveras pesado à sociedade produtiva e os descasos com os próprios bolsos. Nada disso seria necessário caso houvesse o bom senso e o espírito cristão. Se o amor ao próximo, pregado pelos ditos cristãos, realmente fosse vivenciado. Haveria daí os problemas sérios da falta de empregos!
A verdade mostra-se uma pérola, porém poucos têm o bom senso de dizê-la (nos momentos oportunos). A bonança, de muitos, tem elementos escusos de arrecadação. Nunca é demais ouvir aquilo quem nem sempre agrada a contento. Aquela realidade: arruma uma coisa e desarruma a outra.

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://blogpastoraanavirginia.blogspot.com.br/2012/07/nao-tema-luz-nasce-nas-trevas.html 

Oração da vida


“A vida é uma oportunidade. Aproveita! A vida é beleza. Admire-a! A vida é um sonho. Faça que se torne realidade! A vida é um desafio. Enfrente-o! A vida é um dever. Cumpra-o! A vida é preciosa. Cuide dela! A vida é riqueza. Conserve-a! A vida é um mistério. Explore-o! A vida é promessa. Cumpra-a! A vida é tristeza. Supera-a! A vida é um hino. Canta-o! A vida é um combate. Vença-o! A vida é uma aventura. Conduze-a! A vida é felicidade. Mereça-a! A vida é vida. Defenda-a!”

Madre Tereza (26/08/1910-05/09/1997)

Crédito da imagem: http://orarcommadreteresa.blogspot.com.br/2011/04/madre-teresa-de-calcuta-oracao.html