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terça-feira, 29 de abril de 2014

Os divinos anjos


A galinha, como mãe, sentira-se feliz e realizada. Os ovos, chocados por longos dias, deram vida. Os pintos vieram fortes e sadios. A espécie perpetuou-se na sobrevivência!
A inicial caminhada, na dezena, ostenta-se dádiva e milagre. A atenta choca cerca-se dos frágeis e ingênuos. Os semelhantes, na espécie, assistem maravilhados o desfilar!
A genitora, no desconhecimento da procedência dos ovos, sente-se na obrigação de cuidar dos filhos. Estes, no sabor das intempéries, assentam-se debaixo das calorosas penas!
Estendidas asas mostram-se abarrotadas de abrigados e protegidos. A missão divina, no ato de gerar, admira e encanta. O instinto, nos perigos, põe em cheque a própria vida!
O idêntico aplica-se a condição humana: as mães assumem a função sublime na geração e proteção dos rebentos. As genitoras ostentam-se os alicerces e nortes familiares! 
Filhos, na inocência, vêem-se cercados de divinos anjos. O pai, no abandono e desleixo dos homens, pode ser qualquer um. Mãe, em corpo e alma, descreve doação e proteção!
Os irracionais espelham excepcionais exemplos aos racionais. As mães, na atenção e dedicação, externam facetas das centelhas divinas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://imagensemvideo.blogspot.com.br/2013/05/dias-das-maes-video-de-homenagem.html