Translate

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O exemplo da casa


O filho menor, ao pai jovem, interrogou sobre a trajetória de vida. Como seria a vivência no desenrolar dos anos e dias? Uma profecia para revelar à criança!
O genitor, em poucas palavras, elaborou uma peculiar explicação. Uma maneira de auxiliar e definir rumos duma existência! Apontar algum norte a partir da própria experiência e vivência!
Este, em modestas palavras, valeu-se da sabedoria das figuras de linguagem. Uma maneira singela de fazer-se entender! O paizão, num comparativo a casa familiar (em construção), comparou a trajetória terrena!
O cidadão, em primeiro plano dos tenros anos, acha lugar, compra terreno, elabora planta, estabelece medidas, projeta valos, providencia materiais... Os alicerces, aos poucos, instalam-se e a construção toma forma!
Os materiais, como areia, cimento e pedras, revelam-se os artefatos! Os conhecimentos, estudos e experiências norteiam os passos! A convivência e estudo são a colher do pedreiro! Os pais, professores e vizinhos mostram-se os profissionais da obra!
As paredes e vigas, num segundo plano, seriam os ensaios das penosas jornadas. A profissão e vocação, como ganha pão, tornariam-se o esqueleto (com divisões e paredes).
Os anos de jornada, com penosa carestia e economia, custeariam os muitos encargos do empreendimento. Alguma área ou puxado tornariam-se os filhos/manos!
O telhado, na terceira fase, viria na sabedoria dos anos. O cidadão, nas muitas e variadas vivências, procura fazer arremates, fechar aberturas, introduzir móveis... o ciclo das intempéries via-se suavizadas!
As reformulações e restauros seriam os constantes aprendizados. O tamanho adviria da quantidade de anos. A construção, de modo grosseiro, mantém-se inacabada! Alguns acréscimos ou readaptações fazem-se necessárias de forma contínua!
O bálsamo e mimo, como formosura e solidez, decorriam das delícias do uso. Os empregados conhecimentos e habilidades revelariam a grandeza das conquistas e ideias!
O dom da palavra consiste em fazer entender-se em singelas explicações. Exemplos concretos facilitam a compreensão da cultura imaterial. As virtudes, no cotidiano das vivências, revelam a grandeza do espírito e da inteligência! 
                                                                       
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências!”

Crédito da imagem: http://www.hiperativo.com

A ocasional convivência


O homem e a mulher, num congestionado centro urbano, aconchegam-se numa mera casualidade. Estes, entre o mar de gente, encontram-se solitários e tristes!
O par, em função da estabilidade financeira, pode dar-se o luxo de folgar e passear. Estes, num mero dia de semanal trabalho, procuram conversar e conviver!
Uma companhia momentânea, em função da assemelhada idade, mostra-se o encontro. O desejo foi de criar uma velada afinidade e amizade!
Uma oportunidade, entre os muitos anos de existência, consistiu em conhecer mais alguém interessante! Um ser a mais entre os milhares de amigos, parentes e vizinhos.
O momento, nos restritos espaços de assentar, ocorreu num banco de praça. As conversas, sobre variados assuntos, sucederam-se na meteórica convivência!
As partes, como velhos conhecidos, perpassam o tempo numa animada conversação e reminiscência! As histórias de vida vêem-se relatadas!
A avaliação, na hora da separação, foi de ter sido proveitoso! Conhecer e conviver com alguém de acentuadas diferenças no modo de existência!
As conversas compartilhadas numa época de escassos relacionamentos urbanos. O respeito às diferenças de crenças e valores ostenta-se numa nobre virtude!
O fulano ser uma companhia bacana e variada. Os recém-amigos combinaram-se de em outro momento repetir a dose! O aconchego de próximos revela-se uma necessidade!
A era global, apesar da miscelânea de contatos, exige ainda a concreta convivência. As pessoas encontram-se disponíveis na proporção das aproximações e conversações. As palavras, bem dirigidas e empregadas, despertam o afeto e a solidariedade!
                                                                                                
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://produto.mercadolivre.com.br