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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O despertador da querência


Os colonizadores, nas margens dos rios Sinos, Caí e Taquari (no Estado do Rio Grande do Sul), foram jogados literalmente na selva. O objetivo consistia em desbravar as florestas e fazer produzir os solos!
As cidades, em crescimento e formação, necessitaram de gêneros alimentícios básicos. As melhores terras precisaram duma função especulativa e produtiva!
Os ecossistemas, da Floresta Pluvial Subtropical, viram-se alterados e substituídos. Os matos, a título de exemplo, cederam lugar às lavouras, instalações, moradias e potreiros!
Espécies exóticas, como bovinos, caprinos, muares, ovinos, suínos, viram-se introduzidas e criadas. As necessidades de carnes obrigaram a instalação de pastoreios!
Culturas, como cereais e tubérculos, ganharam importância comercial!
Gramíneas, de aparência nativa, viram-se como verdes tapetes estendidos nos lugarejos coloniais.
Algumas, na proporção da existência dos campos/potreiros, afluíram de própria inspiração. Estas, com aves comuns dos campos naturais, difundiram-se nas paragens.
O quero-quero, sem convite, instalou-se nas áreas de colonização. O alarido ecoou cedo aos quadrantes das criações e plantações. O grito cedo criou outra nobre sabedoria!
A ave, nas caladas dos dias e noites, denuncia a presença humana. Indivíduos, em horários melindrosos ou normais, perambulam pelos ambientes.
A denúncia, sobretudo na Lua cheia, ocorre pelas localidades e propriedades! Os curiosos jamais deixam de averiguar os alaridos!
O difícil consiste em enganar os espertos e naturais da terra. As espécies, de acordo as condições intrínsecas, adaptam-se aos habitats. O bom entendedor, a partir de meias ações e palavras, consegue compreender atitudes e sentidos!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://luis.impa.br

O elixir da vida



Um ancião, por meses e anos, fez uma romaria pelos consultórios e postos médicos. Um cliente ativo a dispender os valiosos reais aos profissionais da saúde.  
Um doutor dizia isso, outro aquilo. Os problemas, no fígado, pâncreas e rins, continuaram como preocupação e sofrimento! Os dias pareciam mostrar-se contados neste mundo!
O fulano, numa “paciência de Jó”, procurou seguir as recomendações e tratamentos. Os chás e remédios careciam de dar conta das mazelas e padecimentos.
Um determinado especialista, numa das suas consultas, sugeriu uma rotineira prática.  Este, em jejum, deveria tomar um aproximado litro e meio de água. O fulano, num momento, achou graça da simplicidade do tratamento e exagerado o volume de líquido.
O cidadão, em meio ao desespero e dor, procurou experimentar mais essa sugestão. Alguns dias seguiram-se ao consumo matinal! A água, de alguma forma, viu-se “empurrado goela abaixo”.
Os resultados, em dias e semanas, fizeram-se sentir. O organismo autoreciclava-se numa faxina/higiene generalizada! As rotineiras dores e indisposições começaram a sumir. A aparência física conheceu outro visual! Uma singela receita mostrou-se uma solução milagrosa!
A água revela-se a causa e segredo dos seres vivos! O indivíduo, como única riqueza em ouro e prata, possui somente a vida. A gente faz escolhas e estas têm resultados no decorrer dos nossos dias!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.mortesubita.org