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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A incumbência comunitária


A anciã, em décadas, caía na afeição e delegação comunitária. A filha, na proporção do crescimento e instrução, auxiliava na função. A capina manual, no cemitério comunitário, acontecia na singular missão. O prêmio, no espontâneo, ocorria na alegria em ser benéfico.
A restauração, no imperativo do amparo e asseio das lápides, caía na organização e respeito. A extenuação, no tempo, delegou a tarefa. A filha, na dificuldade da genitora, auferiu a incumbência. A residência, no contíguo da necrópole, facilitou o amparo e cuidado.
O espólio, no cargo, via-se delegado na consonância dos naturais. O brejo e mato, nas várias dezenas de jazigos, escasseavam em crescer. A própria filha, neta da predecessora, iniciou na ajuda e companhia na tenra idade. A faina, no seio de famílias, nutria-se ilesa na sucessão.
O curioso, no ínterim do conserto, ornamento e restauração, acoplou-se as conversas e relatos. Histórias, em múltiplos fenecidos, cometiam na memória. A biografia via-se sublime para uns e trágica para outros. Os exemplos convinham de aula a própria continuação.
A odisseia comunitária, no contíguo dos precursores, conserva-se abrigada nas colunas e lembranças. Linhagens, em gerações, enterravam seus entes neste chão. Os dizeres e insígnias, encravados nas pedras, exteriorizavam as crenças. A ação delineia o brio e ciência.
Certas obrigações advêm na procuração de júbilo e realização. A faina comunitária, nas pacatas localidades, incide na condição de ministério e vocação.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ehow.com.br/