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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O juízo da poupança


          A idade, na vista da moléstia, induziu o juízo da renúncia. A propriedade familiar adveio no negócio. Os forasteiros, no interior da localidade, compraram o lugar. Os apegos familiares advieram na negligência. A migração campo-cidade aconteceu na orientação.
          O dinheiro, avolumado na transação, foi aplicado na poupança. A surpresa, nos escassos anos, caiu na aquisição do terreno. O valor, na parca área, incorreu na fortuna. A construção, no secundário tempo, ocorreu na moradia. Os gastos exauriram as reservas.
            O capital monetário, no principal da venda, acabou dispendido. A vida de trabalho acabou absorvida na mão de obra e materiais. O montante, na colossal área e espaçosa morada, incidiu na miniatura. O dinheiro, na questão da desvalorização, acabou diluído.
            O valor, no desespero, custeou mal o espaço e obra. O desânimo e estresse, na pobreza e velhice, aconteceram no temor. O conceito de economia, na manipulação dos índices de correção, vê-se doce ilusão. O poder de compra, na moeda, incide na apressada perda.
             A terra, ao filho das colônias, advém na ativa riqueza material e sentimental. As estatísticas, na inflacionada economia, sobrevêm na falácia dos apontamentos e pesquisas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.diviertete.com.br/turismo-rural/