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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O desconhecimento


Os colegas, no trabalho, labutaram anos como parceiros. Um, nas dificuldades do outro, auxiliava nas tarefas. Aquele velho princípio reinava: “uma mão lava a outra”!
As convivências, em momentos, permitiram as vãs conversas. Uma pessoa externava comentários da existência. As fofocas, situações, corriam igualmente na rotina!
Outros colegas, no conjunto, somaram-se na convivência. Uns detalhes, de certo aspecto, jamais foram comentados. Estes ligavam-se as crenças pessoais, formação escolar, relações amorosas...
Os indivíduos, no contexto urbano, ignoram fatos significativos. A realidade descreve a realidade das indiferenças. Cada qual trate de cuidar da própria vida!
Os amigos existem na proporção da abstinência do envolvimento de dinheiro. As amizades veem-se limitadas a punhado de pessoas, porém a muitos conhecidos!
Os relacionamentos e visitas envolvem dispêndios e favores. Alguma singela troca de palavras ostentam-se os contatos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.nadamal.com.br/

O oneroso patrimônio


A filha e neta, moradora de favor na casa da avó e mãe, pode finalmente adquirir automóvel. O sonho de consumo, com o usado, tornou-se realidade familiar!
O crédito permitiu a compra (de Chevette). A propriedade, na singela rua, acentuou a confusão no trânsito. O espaço acresceu de outra velha lataria!
Os pedestres, no incômodo, precisaram contornar o obstáculo. Alguns desgostaram da situação. Os silêncios abstiveram em função de não querer comprar brigas e intrigas!
A fulana, na inovação pessoal, esqueceu-se do detalhe dos encargos. A compra exigia a necessidade de espaço de estacionamento e garagem. Os puxados impedem mais ônus!
A moradia carecia de lugar. O jeito, nas sucessivas noites, consistiu em deixar na insegurança e relento. O oneroso patrimônio via-se exposto as intempéries do tempo!
A imaturidade, na abstinência do estudo das situações, leva a impensados negócios. A juventude, na atualidade, inicia o patrimônio familiar pela aquisição de carro ou moto!
O modelo econômico, da massiva venda de carros, encontra-se superado. As estradas e ruas encontram-se abarrotadas de veículos! A confusão, no trânsito, vê-se infernal!
A manutenção de veículos significa sustentar outra família. As sobras financeiras, nas jovens gerações, ostentam-se despreocupação familiar!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.comiperninhadecachorro.com/