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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A enxerida queixa


O fiel, no conjunto das sagrações, queixou-se da ineficiência. O religioso, no ambiente da comunidade, abençoa e reza adoidado. O problema, na obra divina, reside na indiferença e inércia. Os fiéis, no comentário das homílias, ignoram os frutos e influências.
O dissimulado, na aguçada instrução, discorreu na manha da preleção. “Queres dizer da fraca atuação e influência do mensageiro junto à instância do céu? Pregas, no porvir, a substituição do obreiro? A entidade requer devotos com fé e frequência à igreja?”
As perguntas abismaram o questionador. A resposta, na surpresa, foi: “- Não! Não! Não quis exteriorizar o fato”. A falta de humildade incorreria na situação. O ardil, na interpretação às avessas e entrelinhas das afirmações, aporrinha os interlocutores.
Os indivíduos, no universal, almejam distância dos boatos e contendas místicas. O certo de uns costuma incidir no desacerto de outros. O indivíduo público, na ação e alocução, acha-se avaliado no contínuo. A mão invisível, no inimaginável, perpassa a obra terrena.
Os atos, nas necessidades e negócios, precisam de resultados e rumos. As palavras direcionam a interpretação dos benefícios e vantagens.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://searanews.com.br/