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quinta-feira, 24 de julho de 2014

A acentuada premonição


A criança, filho das colônias, possuía particular dádiva. A pessoa, no herdado divino, entendia-se como predestinada. A profecia fluía como sabedoria dos lábios!
O dom de prever o amanhã advinha na ciência. Os sagrados, dentre bilhões, nasciam predestinados no singelo dom. Os conselhos viam-se disseminados entre astutos e curiosos!
O menino, em certa ocasião, descontinuo outra premunição. O espectro, na previsão, tratava-se do óbito do progenitor. Um marasmo sucedido nos devaneios da noite!
O benfeitor, no desespero e receio do acontecimento, organizou-se na acidental partida. As veladas despedidas, entre amigos e familiares, sucederam-se na dor do coração!
A data, no pré-determinado, achegou-se no dia. A surpresa aconteceu na vizinhança: a morte sucedeu-se conforme o conjeturado. A vítima mostrou-se no achegado vizinho!
O artífice, depois de décadas, achou-se no decorrido. A veracidade, no andamento, vê-se decodificada. Os muito chegados costumam ser os principais infiéis!
As intimidades amorosas, nas aventuras e traições, integram o cotidiano das relações humanas. O indivíduo, no global mundo, força-se a suspeitar da própria sombra!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://moncoeursauvage.wordpress.com/tag/morte-anunciada/

A era online


A criança, nos aproximados seis anos, encontra-se no compasso de espera. A demora, próximo ao educandário, relaciona-se ao colega e obrigação. A meditação vê-se a máxima!
A intensa circulação, dentre pedestres e veículos, ocorre no conjunto. Os prédios, entre comerciais e moradias, sucedem-se no lugar. A cidade fervilha na agitação e barulho!
O pequeno, na própria ocasião, mantém-se na total indiferença. A concentração aconteceu no atualizado telefone. Os dedinhos mexiam e remexiam estabanado o teclado!
O fone, no manobro do jogo ou informação, sugou o tempo. O procedimento reproduz a ficção. A tecnologia, na era da informação, aspira à essência das existências!
As pessoas, nos bons instantes do dia, vivem absorvidas no virtual. A coexistência, na brincadeira e conversação, caminha na escassa conta. Os contíguos tornaram-se minúcia!
A técnica adveio para alterar os comportamentos. Aparelhos permitem cuidar mais dos entes distantes do que dos próximos. As ideias acham-se apartadas dos focos!
Os indivíduos, cercados de semelhantes, convivem na solidão. As famílias, na ignóbil conta, conhecem a coexistência!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.newsrondonia.com.br/