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terça-feira, 2 de junho de 2015

O prenúncio da visita


O galo, na encenação da cantoria, externou artifício e exercício. O estridente cocorocó, na calada do amanhecer, exteriorizou-se na paisagem e recinto. O chamado difundiu-se aos quatro ventos. O galanteio, na potência da estação varonil, consistiu em cativar o conjunto do mulheril. A tarefa, no completo da criação, incide em galar os ovos. A proliferação, na espécie, sucede no desígnio e distração. O charme, no ambiente colonial, advém na testa da porta da morada do criador. A atitude, na domingueira, robustece a encanecida confiança. A visitação, nas pretensões, encontra-se no caminho ou ideação da chegada. Os ajustados fluídos, na energia positiva, atraem os iguais. A animália, nos acurados sentidos, presente afagos e agouros. Aos humanos, aos enrijecidos da natureza, assenta assimilar exemplos e granjear espertezas. A noção e sabedoria, na execução dos ofícios, promovem segurança e sustento.

Guido Lang
“Fragmentos da Sabedoria”

Crédito da imagem: http://noticias.band.uol.com.br/