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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A minada celebridade


O presidente, na cotada entidade, perpetuou-se no mando. As gestões, nos pervertidos assessores e diretorias, sucediam nas dúbias práticas. Os auxiliares, no indicado no dedo, calhavam em apadrinhados e subordinados. Os anúncios, no propagado da mídia, caíam na sétima maravilha. O fruto, nas décadas de chefia, empilhou honrarias, prêmios e títulos. O imperativo, no desfecho, acabou em faltar titulações. O tempo, no decorrer das gestões, exigiu alteração e renovação. O assessor, no novato, completou designado, instruído e nomeado. As mazelas, no “varrido abaixo do tapete”, brotaram no ato e instante. A entidade, na ameaça da quebradeira, concebeu na vista. O recurso, na má direção, foi elevar preços e repassar obrigações. Os habituais associados, na cota dos serviços, precisaram cobrir o rombo. O rodízio, nas administrações, acerta no bem-estar e solidez das entidades e firmas. A eternização, no mando, cria anomalias e vícios. O poder, no escasso tempo, alista afagos e enrica figurões.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://diegobayer.jusbrasil.com.br/