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terça-feira, 30 de junho de 2015

A ímpar presença


O amigo, na agitação e correria, entrou na canseira e pouso. A aflita vida, na peleja da supervivência, cansa e ensina exemplos. O sujeito, no sono fundo, apreciou ímpar chamado e presença. O encanecido pai (adotivo) e pessoal, no insonhável, entrou na agregação e lembrança. A aparência, na esfera espiritual, transpareceu no decurso. A derradeira partida, nos parcos dias, agitou afinidades e famílias. A alusão, na condição de conversa, revelou-se deveras íntimo e real. A ocorrência, na companhia dos entes (noutra dimensão), calha na precisão das orações e remissões. As preces, no ambiente do repouso, viram-se estendidas no apelo e discrição da casa. Os falecidos, na vaga do rumo da ultravida, parecem fazer avaliação dos pessoais e valores. O indivíduo, nalguns chegados, mostra-se delicado e singular. A nobreza, na essência, eleva modelos e referências. A rica pessoa, no longo tempo, habita na espécie e obra.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://totalliberdade.com/