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sábado, 25 de abril de 2015

O distinto brinde


O ensolarado dia, no desenlace do verão, mantinha-se extraordinário. A faina, no empenho, instigava afeição e novidade. O filho das colônias, na atmosfera da propriedade, improvisou o inusitado. O badalado, na linhagem, tomou os trâmites do deleite e execução.
A tarefa, na criação de abelhas, adentrou na ação. O traje, no próprio do manejo, ocorreu na agilidade e precisão. O fumegador, no compromisso da fumaça, granjeou utilidade. O balde, faca e pincel somaram-se aos apetrechos. A prudência assiste-se ciência e habilidade.
O afago peculiar, na dádiva do café-da-tarde (das dezesseis horas), havia no alvo. O favo (no mel), no adoçado da refeição, caía no intuito. O artigo, na calefação exclusiva da colmeia, advinha na obra. O néctar, no atributo de elixir dos deuses, escorria no fruto.
A nutrição, na agregação dos frios, mel, nata e pão (fresco), calhava na deglutição. O produto, na extração e ingestão (imediato), ocorria no júbilo e paladar singular. A fragrância, no típico das abelhas, sobrevinha no atípico do negócio. O sublime cai na privilégio de poucos.
Os sabores, na derradeira finura, conseguem assinalar e degustar diferenças. O consagrado agricultor, no lavor, dá-se encargo de arranjar afagos. O sujeito, no habitual das experiências, deve arranjar agradáveis e bons instantes. Os roceiros nutrem-se de presentes.
As apropriadas citações advêm na dimensão do singular. A fartura incide na extensão das atividades.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.conscienciaampla.com.br/