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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A agricultura de jardinagem


O colono, durante décadas, cultivava aquela modesta área de forma tradicional. Ela, bem localizada próxima à moradia, ganhava a atenção e trato especial!
O arado de boi, em meio às muitas pedras, via-se empregado como judiado trabalho! O plantio, adubação, capina e colheita fazia-se de forma manual!
O espaço rendia dois carretões de milho! A facilidade, com a proximidade do potreiro, permitia o fácil corte como forragem. Os bichos, aos montes, ganhavam o singelo verde cereal!
A carência de mão de obra, com a revolução no campo, obrigou a implantação da mecanização. Os massivos investimentos em máquinas tornaram-se a sina dos produtores!
As pedras, espalhadas e graúdas, conheceram extração e remoção pelas retrôs. As miúdas e soltas ganharam ajuntamento e carregamento manual!
O espaço, nas novas técnicas de produção, conheceu capina mecânica, plantio direto, sementes selecionadas, adubação química, confecção da silagem... Os custos dispararam!
A produção, na massiva multiplicação, transformou dois carretões a obter cinco. O esforço mostrou-se bem menor. A área, como safra, ganhou três plantios anuais!
A diminuição de terras, nas divisões sucessivas dos lotes, levou ao cultivo intensivo das escassas áreas. Os espaços, diante das carências, ganharam ares e cuidados de jardinagem!
Inúmeros produtores compraram potentes máquinas, porém incorrem na falta de solos. A solução, a cada ano, consiste avançar em metros nas encostas e morros acima!
A disparada dos preços agrícolas valorizaram deveras as planas terras. Os empresários do campo tornaram-se abonados e ousados no sistema produtivo!
                                                      
          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.gmaiochi.com.br

O singelo negócio


Uma mecânica, instalada numa modesta vila, trabalha de forma acelerada. As placas, de procedências variadas dos veículos, advêm de lugares impensáveis do território nacional!
A vizinhança, em momentos, desconfiava da correção e honestidade do empreendimento. As suspeitas recaem sobre as origens das quantidades dessas conduções!
O proprietário, como empresário, alimenta conhecimento e estratégia. O fulano, a partir dos vários depósitos e donos, adquire os carros e caminhonetas batidos e detonados!
Os preços, em síntese, ostentam-se abaixo da metade dos reais valores de mercado. Os acidentes de percurso trouxeram o estado lastimável dos veículos!
Os danificados, depois da extração e reposições de peças, ganham em dias as devidas mudanças de visual e reformas. Os bens retornam as pressas aos valores de mercado!
O trabalho, após os consertos, assemelha-se a artigos novos das linhas de produção. Os novos compradores e proprietários desconhecem o estado melancólico de outrora!
Um filão econômico, reflexo do caos e violência do trânsito, ostenta muita procura. Consumidores, pelos preços, chegam a constituir fila para adquirir os produtos em conta!
A fábrica de reparos, numa velha lógica, confirma: “cada qual necessita conhecer seu ramo de negócios”.  “A infelicidade de um revela-se a felicidade de outrém”!
A possibilidade de lucro abre as portas de inúmeras e ousadas iniciativas. A bonança, como vocação, vislumbra-se na proporção de detectar e efetuar nichos econômicos!

                                                                                              Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://juizdefora.olx.com.br/fusca-63-reformado-iid-510655996