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terça-feira, 12 de julho de 2016

O atípico esconderijo


O sujeito, em negociante, esperava ocasião própria. O comércio, em sacas de soja, acorria em atravessador/especulador. O artifício, na oscilação dos preços, denotava comprar na baixa e vender na alta. O comércio, na aquisição, proferia dinheiro (em mãos) e informação. O produtor, no aperto, “leiloava fruto e safra”. O ardil, no baque, significava fechar escambo. A grana, no atenho, fazia primazia na transação. O problema, na agiotagem, caía em guardar importâncias. Os bancos, em repetidos depósitos e saques (elevados), advinham na suspeita. O fisco, no confisco, acabaria ciente e no encalço. O enricado, no acobertado, acudia em rodeio (na inocência e modéstia). A saída, nas cercanias da morada, foi enterrar valores. Os volumes, no retido, jaziam no aguardo das ocasiões. Camuflados entes, no disfarçado, propagam-se em abonados e reservados. Numerosos poupadores, no feitio de despojados, guardam vultosos créditos e patrimônios. Os visados, na discrição e modéstia, externam ciência e fiança.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.newsrondonia.com.br/

O derradeiro carisma


O camarada, na associação dos amigos, acorria na admiração e afeição. O espírito, na alegria e humor, sucedia no apreço e evidência. O sorriso, no aberto e ingênuo, caía pintado na expressão.  A vivacidade, em conversas e recintos, enobrecia climas. A fortuna, no baque, contaminava convivência. O ente, na velhice, nutria “alma jovem”. As rugas, no fruto e marco (idade), brotavam na dificuldade. Os companheiros, no casual reencontro, proferiam: “O professor carece do envelhecimento”. A modéstia, na direção financeira e maneira de essência, fluía na ciência e paciência. O camarada, em “ambíguos e macacadas”, instituía usual chacota e risada própria.  A vida, na privilegiada ocasião, entendia-se em dádiva e mimo.  A diversão, na saída, acudia na filosofia e fisionomia. A existência, em ascos e brigas, falecia na estação e tempo. Os azares, na avaria e situação, abrangiam interpretações de oportunidades. A pessoa, na indigência e modéstia, pode exteriorizar dons e padrões de vivência.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://gq.globo.com/

O abonado doente


O paciente, na moléstia, tratou de buscar recursos e remédios. Os tratamentos, no variado, tomaram clínicas e prontos-socorros. A circunstância, nas perspectivas de cura, arrastou-se nas delongas e promissões. O dinheiro, no amontoado da vivência, foi empregado nas soluções (medicinais). O tempo, no oneroso, geriu no gasto. O doente, na sensata altura, ficou na indigência. A natureza, na abstração da ingerência (cura), transcorreu no desígnio da circunstância. O resignado, na carência de grana, faleceu no abreviado tempo. A medicina, na aflição e extinção, cai em admirável comércio. O mérito médico, na obra, subsiste na extensão dos recursos. O sujeito, na doença, é largado na penúria. O fulano, no juízo, confia em meio ao receio. Os profissionais, na longevidade, carecem em ser exemplo. O modesto e saudável, na aspereza do sustento, delineia bem-estar e tempo. O artificial e luxo, no inativo, precipitam doença e morte. A existência, na ajustada época, acorre em “limite do sopro”.

Guido Lang
        “Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://unicastelo.br/

A devotada produção


A esposa, na carência e ganância financeira, afluía no ativo trabalho. A costura, no ofício doméstico, escasseava em folgas e pausas. Os acordos, no atendimento análogo de casa, marido e filhos, uniam-se na junção dos afazeres. A realidade, em múltiplas circunstâncias, conduzia na abstinência das precisões fisiológicas. A romaria, no uso dos sanitários, assistia-se abreviada ou postergada. O costume, no sensato período, resultou em indigesto ônus. Os problemas, no sistema urinário, incorreram no decurso. O tratamento, no conjugado das agonias, absorveu choros e economias. O desfecho, na antecipada morte, adotou ocorrência. O cônjuge, no espólio, permaneceu com filhos, reminiscências e residências. A existência, aos achegados, instruiu na precisão de modéstia nas lidas. Os cuidados, no bom juízo, prolongam bem estar e essência. A vida, na especial e maior fortuna, ordena devotadas aprendizagens e cuidados. Os negligenciados, no percurso da jornada, pagam ônus das leviandades.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://tudo.extra.com.br/

O usual trago


O lavrador, na intensa faina braçal e rural, instituiu certa doidice. O apregoado, no conjugado das falas sociais (coloniais), consistiu em inspirar bem-estar. O trago, no gole de cachaça, caía no regresso da lavoura. A aturada transpiração, nos afazeres da roça, acudia na precisão da reposição de energia e líquido. O aperitivo, no antecedente do almoço e janta, acontecia na apreciação e ingestão. O artifício, na assimilação da mediana idade, contornou-se em devassidão no tempo. O costume, no progressivo, calhou no acréscimo da quantia. O usual gole, no apreço e bel-prazer, tornou-se idolatria e rotina. O achaque, no decurso, abrigou-se no corpo e espírito. O desfecho, na velhice, revelou-se maldito. O alcoolismo, na desgraça doméstica e financeira, tomou conta na estirpe. Os vícios, na difusão, acorrem na primeira deglutição. Sensatas alocuções, no acobertado, camuflam escamoteados comércios. O bom senso, em afazeres e eventos, prevalece nas condutas e crenças.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ipopam.com/

O quadro de insegurança


O empresário, no soberbo carro, estacionou no espaço público. A ação rápida, na consulta e saque da agência (bancária), parecera habitual e segura no horário e local. A surpresa, no retorno, mostrou-se na companhia e invasão. O estranho, no feitio de carona, instalou-se no assento e veículo. O malandro, na agilidade e ousadia, invadiu distraída condução. As aparências, na singeleza, semelharam em tratar-se de filho. O sequestro, no relâmpago, processou-se no caso. Os bens e valores, na salvaguarda da integridade, acudiram na entrega e subtração. O sujeito, na exibição de posses, cai na ameaça e retaliação. A bandidagem, no exercício da contravenção, enseja exemplos de atrevimento e inovação. O dinheiro, em quaisquer situações, aferra delitos e desacordos. O preceito, em desfalcar aforados, ocorre nas intenções dos fraudulentos. A seleção natural, no sutil, transcorre nas analogias e convívios. A natureza, em pragas do planeta, delimita difusões e seres.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.newsrondonia.com.br/