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sábado, 19 de dezembro de 2015

O encastelado ente


O sujeito, na classe de bem aposentado, pintava “ausente e desaparecido das paragens”. As aparições, no espaço da morada e pátio, caíam na ressalva. Os vizinhos, na habitual visão, escasseavam de contemplar vulto. O recolhido, no hábito, incidia no preceito e regra. A interrogação, na bisbilhotice, calhava na ocupação e passatempo. O cidadão, na companhia exclusiva da companheira, pintava morar e resistir na solidão. A esposa, no interrogatório, exteriorizou diversão e obsessão. As filmagens, em vídeos, advinham na afeição. Os sonos, no delongado, envolviam tempo. As leituras, em azadas horas, enricavam experiências. As excursões, na direção dos centros, contemplavam gastos. As pesquisas, na Internet, solicitavam momentos... O mundo global, na distração e lazer, exterioriza gama de chances e situações. As pessoas, na extensão do sustento, podem absorver-se nas variadas dos deleites. A liberdade, no dono do oportuno nariz, acerta no dom e pérola.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://brasiliaconvention.com.br/