Translate

domingo, 31 de julho de 2016

A curiosa restrição


O locatário, no espaço urbano, alocava exato prédio. A avantajada localização, no terreno de esquina (no entroncamento de ruas), acorria no relevante aluguel. A instalação, no próprio do restaurante, sucedeu na edificação. A locação, na criteriosa feita, acudiu no inábil empreendedor. A imobiliária, em trâmites burocráticos, atentou na intermediação. A exorbitância, no valor da locação, atrapalhou negócio na crise. A freguesia, no ritmo do desemprego, conheceu retração. Os encargos, em fisco e manutenção, mantiveram-se estáveis. Os serviços, no negativo, advieram na arrecadação. O locador, no desespero (da dívida e falência), tomou atitude extrema. O sacrifício, no enforcamento, aconteceu no interior do imóvel. A sequela, na badalada ocorrência, criou renome de funesto. A depreciação, em novos arrendatários, ficou difícil. Os comércios, em economias instáveis, decorrem em fortes oscilações. Os aluguéis, aos inquilinos, decorrem em dinheiro irrecuperável.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://50anosdefilmes.com.br/

O esquadrinhado gato


O sujeito, no habitante urbano, criou-se nas carências e dificuldades das colônias. A luz caía no proveito do lampião (querosene). A condução decorria na serventia da bicicleta. As ingestões sucediam da produção própria... A economia, na instrução familiar, caía em filosofia de vida. O costume, no desperdício, atentava na aversão. O proveito, em itens, acontecia nas admissíveis probabilidades. O excesso, em gastos, ruía na compressão de assalto. A faina, na execução, acudia na efetiva produção material. O idêntico, no consumo da energia (elétrica), sobrevinha na conduta. Os excessos, em bandeira, imposto e taxa (na conta), induziram em artigo de luxo. Os utensílios, em banal chuveiro, rádio, refrigerador e televisor, afluíam no elementar uso. Os técnicos, na distribuidora de energia, duvidavam de tamanha “economia de guerra”. A inspeção, na unidade consumidora, acorria na constância. A suspeita, na medição, havia a todo custo em “desvendar gato”. O encareço cai em contenção. O abuso, em tarifa, cheira em insulto.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com/

O recurso da água


Os habitantes, no inchaço populacional, advêm no problema do abastecimento d’água. A rede comunitária, na extração do líquido (do principal rio), incide na péssima qualidade. O consumo, na cozedura e ingestão, incorre no risco das moléstias. Inúmeros residentes, no redobrado dispêndio (compra de bombonas e taxa), apelam ao paliativo. As esparsas bicas, no disseminando urbano (na cidade regional), mostram-se requisitadas. Múltiplas famílias, numa ocasião semanal, “afluem em romaria” (na multiplicidade de invólucros). As pessoas, na água natural, abastecem numerosos e volumosos recipientes. A dificuldade maior, no comum, sobrevém das esperas. A franca vazão, em canalizadas bicas (de domínio público), institui demora e fila. O ardil, na frequência, precisa ocorrer em horários melindrosos. O povo, no encargo, trata de arranjar saídas. A “dor no bolso”, no conjunto das carezas, força achar solução. As precisões, na péssima classe dos serviços (públicos), incidem na afronta aos contribuintes.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://blogtiotano.blogspot.com.br/

A artificial essência


A cidadã, no lugar das colônias, cunhou-se na infância e mocidade. As tarefas, em afazeres rurais, caíam no exemplo das capinas, colheitas, plantios, tratos... A agricultura familiar de subsistência, na pequena propriedade familiar, advinha no meio de sobrevivência. O consórcio, na certa idade, ordenou mudança. A migração, em campo-cidade, conduziu na “vida artificial”. Os ambientes, no “enclausurado urbano”, emanaram em choros e queixas. A vida, no resguardado das edificações, sobreveio na “doença de espírito”. As dores, em múltiplos remédios e terapeutas, fraquejaram no resultado. Os efeitos, no conjugado dos gastos, viram-se medíocres. O regresso, nas “raízes da natureza”, caía em “bálsamo e sopro de vida”. A pessoa, na infância, assimila os princípios básicos da essência. As cidades, nas adequações e restrições, reforçam depressões e neuroses. O sujeito, na curta vivência, deve olhar pela alegria e sentido. A riqueza, na saúde, consiste em atender os clamores d’alma.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://sweettdreams-h.blogspot.com.br/2012/01/robert-duncan.html

Pintura do norte-americano Robert Duncan.